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Kriptacoin: acusados de esquema fizeram vítimas até em Pernambuco

Bens recolhidos durante operação, incluindo oito carros de luxo e dinheiro, deverão ser servir para pagar parte do rombo

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Cofre
1 de 1 Cofre - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O grupo acusado de montar um esquema para faturar com a venda de moedas virtuais fez vítimas até em Pernambuco. Os envolvidos são alvo da Operação Patrick, deflagrada nesta quinta-feira (21/9) pela Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor e Fraudes (Corf), em conjunto com a Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon), do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). A ação foi divulgada em primeira mão pelo Metrópoles.

Muitas delas não conseguirão reaver o prejuízo. Como o esquema de pirâmide já estava ruindo, porque novos “investidores” não mais entravam, os saques foram bloqueados. No início, as pessoas que aplicavam no Kriptacoin conseguiam resgatar até R$ 600 por dia. Depois, os responsáveis colocavam a meta de saques apenas uma vez por semana. Quando questionados, os empresários falavam que o sistema tinha sido bloqueado devido a ataque de hackers.

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O promotor Paulo Binickeski disse que existe a suspeita de que a própria organização criminosa tenha feito denúncias anônimas no MPDFT para tentar descobrir se havia alguma investigação em curso. Ao todo, a Justiça expediu 13 mandados de prisão preventiva. Destes, 11 foram cumpridos nesta quinta.

Os investigadores apreenderam muitos bens, entre eles, oito carros de luxo, que poderão ressarcir as vítimas. “As pessoas que conseguiram enriquecer ilicitamente por meio do golpe terão que devolver o dinheiro. Temos provas cabais contra todos os envolvidos”, disse o promotor, em coletiva à imprensa.

De acordo com Binickeski, as vítimas devem procurar as delegacias de polícia da região em que moram e apresentar os documentos que provam o investimento.

Já o delegado-chefe da Corf, Wisllei Salomão, ressaltou que o grupo apostava na propaganda para conseguir mais investidores. “Usavam nomes de artistas famosos (como o cantor Eduardo Costa e o jogador Neymar) para tentar ludibriar as pessoas. Soubemos de pessoas que chegaram a vender casas e carros na esperança de fazer dinheiro com essa moeda. Quando tinham algum problema, os dirigentes faziam ameaças”, destacou. “É importante ressaltar que as investigações continuam”, completou.

Operação Patrick
Sócios e diretores da empresa Wall Street Corporate, criadora da moeda digital Kriptacoin, são alvo da operação. Os crimes investigados são: lavagem de dinheiro, organização criminosa, falsificação de documentos e pirâmide financeira. Segundo as investigações, o grupo movimentou R$ 250 milhões.

Cerca de 40 mil pessoas teriam investido na moeda e podem ter sido lesadas. O negócio, que funciona em esquema de pirâmide, visa apenas a encher o bolso dos investigados, alguns deles com diversas passagens pela polícia por uma série de crimes. Entre eles, estelionato.

Durante a operação, os investigadores acharam até um cofre em uma academia de Vicente Pires, com cerca de R$ 2 milhões. O estabelecimento é de propriedade de Marcos Kazu Viana Oliveira, um dos presos nesta quinta.

Dois dos principais alvos da operação são os irmãos Welbert Richard Viana Marinho, 37 anos, e Weverton Viana Marinho, 34. Com o mais velho, os investigadores encontraram R$ 33 mil e passaportes.

Os irmãos não têm os nomes publicados no site da empresa e não constam como sócios nos dados da Receita Federal, mas se apresentam como presidentes do grupo. O empresário Fernando Ewerton, 30 anos, herdeiro de uma concessionária de Brasília, que atua como diretor, também foi preso e chorou perante os policiais. Contou que investiu cerca de R$ 1 milhão para abrir a empresa.

Confira os nomes dos presos:

Marcos Kazú Viana Oliveira
Os irmãos Weverton e e Welbert Marinho
Fernando Ewerton
Wellington Junior
Hildegard Melo
Franklin Delano
Thaynara Carvalho
Urandy Oliveira
Sérgio Vieira de Souza
Alessandro Bento (um dos administradores da empresa)

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