Operação Genebra: ex-dirigente da Cruz Vermelha é presa novamente
MPDFT cumpriu mandado de prisão contra Tatty Anna Kroker no sábado (15/7), no Rio de Janeiro
atualizado
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Em mais uma etapa da Operação Genebra, a ex-tesoureira da Cruz Vermelha filial Petrópolis Tatty Anna Kroker foi novamente presa e trazida a Brasília para responder criminalmente pelo desvio e subtração de mais de R$ 9 milhões da saúde pública do Distrito Federal
Promotores do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) cumpriram, no último sábado (15/7), no Rio de Janeiro, mandado de prisão contra a ex-dirigente da filial de Petrópolis da Cruz Vermelha. Tatty Kroker havia sido detida na primeira fase da operação, com outros dirigentes da entidade, mas conseguiu converter a prisão preventiva em domiciliar, com o argumento de que precisava cuidar do filho de 10 anos.
Investigação do MPDFT, em parceria com o Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) de Belo Horizonte, confirmou que a criança poderia permanecer com outros parentes. Dessa forma, a 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do DF confirmou a prisão preventiva e a acusada foi novamente conduzida para o Distrito Federal, onde permanecerá no presídio feminino da Colmeia.A Operação Genebra, deflagrada em julho de 2017, pela 4ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Usuários da Saúde (Prosus) e a 7ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (Prodep), do MPDFT, investiga o favorecimento ilegal da Cruz Vermelha de Petrópolis em licitação da SES. Os dirigentes da organização teriam se apropriado de R$ 3,4 milhões (mais de R$ 9 milhões em valores atualizados) sem ter prestado qualquer serviço ao Distrito Federal.
Treze envolvidos já foram denunciados por crimes de dispensa ilegal de licitação, peculato, uso de documento falso e lavagem de dinheiro (este último, por 77 vezes) em decorrência de irregularidades no contrato firmado entre a Secretaria de Saúde e a filial de Petrópolis da Cruz Vermelha para gestão das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Recanto das Emas e São Sebastião, em 2009. A Justiça aceitou a denúncia, e entre os réus, estão o ex-secretário de Saúde do DF Joaquim Carlos da Silva Barros Neto e o ex-secretário-adjunto de Gestão Fernando Antunes. (Com informações do MPDFT)