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MPF pede acesso a exame de corpo de delito da esposa de Admar Gonzaga

Ministro Celso de Mello, do STF, determinou envio do laudo ao MPF, que deve decidir quais providências irá tomar em relação ao caso

atualizado

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Giovanna Bembom/Metrópoles
Brasília (DF), 13/12/2016 – Prêmio Engenho 2016Local: Embaixa
1 de 1 Brasília (DF), 13/12/2016 – Prêmio Engenho 2016Local: Embaixa - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

Atendendo a pedido do Ministério Público Federal (MPF), o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Civil do DF envie ao órgão o laudo do exame de corpo de delito da esposa do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga Neto, Elida Souza Mato. Ela registrou um boletim de ocorrência contra o marido, por agressão, em junho deste ano, conforme o Metrópoles revelou em primeira mão.

A denúncia de violência doméstica foi feita na madrugada de 23 de junho. Elida contou aos policiais que o magistrado a teria agredido, o que causou um machucado em seu olho, durante uma discussão na residência do casal, no Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul. Segundo a mulher, Admar jogou enxaguante bucal em seu rosto e chegou a dizer que ela “não serve nem para pano de chão”. No mesmo dia, no entanto, Elida decidiu retirar a queixa. O caso foi levado para o STF porque Admar tem foro por prerrogativa de função.

Mesmo após a esposa do ministro pedir o arquivamento da investigação, o processo continuou tramitando na Corte Suprema. Agora, a partir da análise dos exames, o MPF deve decidir quais providências serão tomadas. A decisão do ministro Celso de Mello foi publicada no Diário de Justiça da Corte de quinta-feira (10/8).

Ação incondicionada
Na manifestação que enviou ao STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ressaltou que no termo de declaração foi registrado que o olho direito de Elida teria lesões e que foi solicitada a realização de exame de corpo de delito. O laudo, no entanto, não teria sido acrescentado aos autos, razão pela qual pediu o envio do documento.

Janot frisou ainda que, apesar de Elida ter retirado a queixa e alegar que “tudo não passou de uma discussão de casal já superada”, a jurisprudência estabelece que a retratação da vítima não tem efeito sobre a notícia da violência doméstica, cuja ação penal é pública e incondicionada.

Segundo o advogado de Admar Gonzaga, a decisão “era esperada e está correta, pois é necessário que o laudo esteja nos autos”. “O casal está junto, vivendo em harmonia e esperando que esse assunto seja arquivado o mais rapidamente possível”, disse o defensor Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.

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Investigador particular
O ministro do TSE voltou a ser citado, no início deste mês, em uma ocorrência policial. Admar Gonzaga foi acusado de contratar um investigador particular para monitorar a mulher. De acordo com depoimentos colhidos pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), Gonzaga queria descobrir o que Elida fazia em Brasília na sua ausência, mais precisamente no período de 1º a 17 de julho deste ano.

A mulher desconfiou que estava sendo seguida e pediu socorro ao serviço de segurança e inteligência que fica à disposição dos ministros da Corte e de seus familiares. Com isso, o profissional contratado por Gonzaga acabou se apresentando espontaneamente à Deam. Aos policiais, o investigador contou que instalou um GPS no carro de Elida, uma Mercedes Benz.

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