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Admar Gonzaga é acusado de contratar detetive para vigiar a mulher

Magistrado do TSE já havia se envolvido em caso de violência doméstica. Carro de Élida Gonzaga tinha até um GPS instalado pelo investigador

atualizado

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Giovanna Bembom/Metrópoles
Brasília (DF), 13/12/2016 – Prêmio Engenho 2016Local: Embaixa
1 de 1 Brasília (DF), 13/12/2016 – Prêmio Engenho 2016Local: Embaixa - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

Depois de se envolver em um caso de violência doméstica, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga voltou a ser citado em mais uma ocorrência policial. Desta vez, o magistrado é acusado de contratar um investigador particular para monitorar os passos da mulher dele. Segundo os depoimentos colhidos pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), Gonzaga queria descobrir o que Élida Gonzaga fazia em Brasília na sua ausência, mais precisamente no período de 1º a 17 de julho deste ano.

A mulher acabou desconfiando que estava sendo seguida e pediu socorro ao serviço de segurança e inteligência que fica à disposição dos ministros da Corte e de seus familiares. Com isso, o profissional contratado por Gonzaga acabou se apresentando espontaneamente à Deam.  Aos policiais, o investigador contou que instalou um GPS no carro de Élida, uma Mercedes Benz.

Em 23 de junho, o Metrópoles revelou com exclusividade que a mulher chegou a registrar uma denúncia de agressão contra o marido. Após a repercussão do caso, a queixa foi retirada. O inquérito, entretanto, continua tramitando no Superior Tribunal Federal (STF), pois Gonzaga tem foro privilegiado.

Ao ter certeza que estava sendo seguida por dois veículos suspeitos, Élida prestou depoimento na 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul). Segundo ela, os dois carros a seguiram por cerca de seis ocasiões distintas, em diferentes pontos do DF. Ao levar o seu veículo em uma oficina, os mecânicos encontraram uma caixa de metal presa por ímãs no assoalho. Tratava-se de um aparelho GPS.

Segundo a ocorrência, a mulher alegou que estava assustada e temerosa, “pois não sabe o motivo nem a finalidade do fato”. Em consulta ao sistema do Detran, os policiais constataram que as placas dos veículos que a seguiam estão em nome de pessoas jurídicas de Belo Horizonte (MG). O equipamento GPS, juntamente com o carro, foram levados ao Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal. O laudo apontou que o dispositivo estava ligado quando foi retirado do carro e ainda apontava a localização.

Quatro dias após o registro da ocorrência, o advogado compareceu espontaneamente à Deam e deu detalhes do acordo.

Reprodução

 

O investigador também prestou depoimento e afirmou que o contrato feito com o advogado foi fechado no valor de R$ 10 mil. O detetive explicou que instalou o rastreador no veículo após perceber que a mulher havia desconfiado que estava sendo seguida.

Antônio Carlos de Almeida Castro, advogado do casal, disse que Admar afirmou desconhecer o assunto, que está morando com Élida e a relação dos dois “está muito boa”. Kakay, como é conhecido, destacou que advoga apenas no caso referente à denúncia de violência doméstica. A reportagem tentou contato com o ministro e a mulher, sem sucesso.

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Violência doméstica
Ao denunciar o marido em junho, Élida contou aos policiais que o magistrado a teria agredido, causando-lhe um ferimento no olho, durante uma discussão na residência do casal, no Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul.

O caso, que atualmente está no Supremo Tribunal Federal, foi apurado pela PCDF como violência doméstica, injúria e lesão corporal. Élida disse, na ocasião, que foi xingada por Admar, com quem convive há mais de dez anos. Segundo ela, o marido chegou a dizer que “você não serve nem pra pano de chão”. A mulher acusou o magistrado de ter jogado enxaguante bucal nela. A Polícia Militar foi acionada e a levou à delegacia.

Uma testemunha contou que embora não tenha presenciado a agressão, ouviu gritos do ministro chamando a mulher de “vagabunda” e dizendo “quero que você saia de casa para eu te ver na sarjeta”.  Afirmou, ainda, que Admar seria uma “pessoa controladora” e usaria “seu status de ministro para subjugar a vítima, que é dona de casa”.

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