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Esplanada dos Ministérios é palco de protesto contra corrupção

Segundo balanço da PM, 630 pessoas participaram do protesto, que ocorreu também em outras capitais. Expectativa era de 100 mil

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Protesto 1
1 de 1 Protesto 1 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Manifestantes se reuniram, neste domingo (26/3), na Esplanada dos Ministérios, para protestar contra a corrupção, o foro privilegiado, o voto em lista fechada (na legenda e não no candidato) e a favor da Operação Lava Jato. Segundo o último balanço da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social, apenas 630 pessoas foram ao local. Já os organizadores calcularam 5 mil.

Por volta das 12h30, duas horas e meia depois após a concentração, o publico se dispersou. Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes se posicionaram em frente ao gramado do Congresso Nacional. O protesto ocorreu em outras capitais. Em Brasília, a mobilização foi organizada pelo movimento Vem Pra Rua. “O povo não está consciente de que estamos prestes a perder nossa democracia, o poder de voto e que estão acabando com a Lava Jato”, disse Juliana Dias, coordenadora do evento.

Segundo os organizadores, a mudança no horário do metrô atrapalhou a presença de público. O transporte funcionou, excepcionalmente neste domingo, das 10h às 22h, devido ao jogo do Flamengo contra Vasco no Mané Garrincha. Normalmente, os trens operam das 7h às 19h aos domingos. A assessoria de comunicação do Metrô-DF respondeu que o horário foi remanejado para atender à grande demanda de pessoas antes e depois da partida.

O padre Pedro Stepien, 45 anos, compareceu ao evento em apoio à Lava Jato e contra a corrupção e o aborto. “Basta de corrupção. Queremos os ministros do Supremo Tribunal Federal trabalhando em prol do povo e da Lava Jato. Também vemos um ativismo judiciário avançando para uma cultura de morte e legalização do aborto”, reclamou.

Com gritos de “Nossa bandeira jamais será vermelha”, os manifestantes também pediram a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — um dos alvos da Lava Jato — e evocaram o nome do juiz Sérgio Moro. Lápides de políticos, como o senadores Renan Calheiros (PMDB/AL), Aécio Neves (PSDB/MG) e Gleise Hoffmann (PT/PR), também foram colocadas no espelho d’água do Congresso Nacional.

Um dos pontos polêmicos defendidos foi a revogação do Estatuto do Desarmamento, de dezembro de 2003. Alguns manifestantes apoiam o Projeto de Lei 3.722/2012, do deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC), que regulamenta a aquisição e a circulação de armas no país.

O servidor público Vilson Pereira de Sousa, 44, levou a irmã e a sobrinha para reivindicar a posse de arma. “Somos contra o desarmamento de pessoas de bem. O povo desarmado é refém da bandidagem e de governos totalitários”, disse.

Mas nem todos saem em defesa dessa pauta. A aposentada Maria Barcelos, 56, acredita que armar o cidadão não resolverá a violência. “Temos de desarmar. Mas isso tem de valer para todos, inclusive os bandidos. Homem de bem não quer arma, quer paz”, destacou.

O público esperado na manifestação ficou bem abaixo do esperado, de 100 mil pessoas. Diante dessa expectativa, a Secretaria de Segurança levou 600 policiais, bombeiros e agentes de trânsito para garantir a paz durante o protesto.

De acordo com a pasta, nenhuma ocorrência foi registrada. Os policiais fizeram revistas dos manifestantes. Outra estratégia usada na região foi o bloqueio do trânsito na Esplanada até o fim do protesto, às 12h15, segundo a Secretaria de Segurança.

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