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5 comportamentos abomináveis do público em restaurantes

Às vezes, as pessoas agem de maneira equivocada não por maldade ou falta de educação, mas pela força do hábito de confundir casa com rua

atualizado

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Kácio Vianna
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1 de 1 etiqueta - Foto: Kácio Vianna

Os restaurantes, bares e cafés são quase a minha segunda casa em Brasília. Por prazer e ofício, frequento avidamente esses locais. No início do ano, escrevi sobre a possibilidade de 2016 ser um ano para refletirmos e tentarmos mudar nosso comportamento nos restaurantes. Às vezes, as pessoas agem de maneira equivocada não por maldade ou falta de educação, mas pela força do hábito de confundir casa com rua.

Numa saída no feriado que passou, as pessoas fizeram questão de me lembrar o quão, às vezes, é desagradável colocar os pés para fora de casa. Então, leitores queridos, vejam se vocês não concordam com a titia aqui. Listei cinco comportamentos realmente abomináveis no convívio em bares, restaurantes e cafés. E, se quiserem acrescentar mais algum, sintam-se à vontade para fazer isso no espaço para comentários. Leio todos.

1. A CONVERSA EM ALTO E BOM SOM
Conversa da mesa é da mesa. Essa deveria ser uma premissa básica. Pois, outro dia estava em uma ponta de um restaurante conceituado e amplo e conseguia ouvir o barulho da mesa que estava a léguas da minha pessoa. Por que as pessoas falam tão alto? Por que acham que todos querem ouvir a conversa? Em muitos lugares, as mesas ainda são próximas, o que deveria ser um fator para se redobrar a atenção na entonação da voz.

2. O ATO DE FALAR AO CELULAR, AOS BERROS
O celular é um aparelho símbolo do mundo em que vivemos. A vida de quase todo mundo está ali. Claro que deveria haver etiqueta ou moderação em seu uso. Em lugares mais fechados, como restaurantes e bares, o cliente abusa. Muitos falam alto, colocam a mão na boca como se o ato fosse diminuir o tom da voz. Pelo contrário, reverbera. Outros, ao interagir nas redes via Facebook ou WhatsApp, abrem vídeos e os assistem num volume indecoroso. Isso é uma praga!

3. O DESCONTROLE DAS CRIANÇAS
Pais, desencanados com o espaço alheio, levam seus queridos filhos ao restaurante. O que seria um ato louvável, já que a criança, desde cedo, estaria explorando o paladar, se torna em “bomba, babado e tiroteio”. Já vi muitos pimpolhos brincando entre as mesas de pique-pega ou esconde-esconde. Só que, no meio do caminho, há você, sentado à mesa, querendo um pouco de paz e sossego.

E mais, pais – querendo aliviar seu dia de tensão – resolvem levar a prole para o restaurante acompanhados de seus tablets. Até aí, nada demais. Desde que o joguinho ou o desenho animado visto no aparelho esteja conectado a um fio que vá direto ao ouvido da criança. Na maioria das vezes, ele vira a trilha sonora da mesa, acompanhada de uma conversa alta que se adiciona ao som do tablet. Um mínimo de consciência de coletividade deveria ser uma atitude de bom senso.

4. A ESPERTEZA DE FURAR A FILA DE ESPERA
Usualmente, existe maître ou hostess na porta de restaurantes para organizar a fila de espera. Ao anotar o nome da pessoa e estimar o tempo de espera, muitos clientes espertinhos vão entrando no local, como quem não quer nada, e, no meio da confusão, sentam e roubam a vaga de quem estava lá aguardando. Não sou uma mulher de barraco, mas isso realmente me tira do sério. Pois, provavelmente, essas mesmas pessoas, espertinhas, têm a coragem de falar da classe política brasileira. Furar fila é corrupção sim.

5. GROSSERIA COM OS GARÇONS
Tenho enorme respeito e consideração pelos garçons e garçonetes. Eles são a alma da casa e podem salvar a comida mais ou menos de um chef arrogante ou a má administração de um empresário. Muitas vezes, eles são encarados por alguns clientes como pessoas invisíveis, sem valor. Também recentemente já assisti a cenas de total falta de educação e de respeito de clientes com esses profissionais.

O fato de eles estarem ali para servir não dá o direito a ninguém de os tratar com desdém e desprezo. Eles exercem sua função como os médicos ao atenderem seus pacientes e professores ao ensinarem seus alunos. Há uma relação e ela dever ser cordial. A escravidão já acabou faz mais de um século. Viva, Isabel.

Ouvir o silêncio do local faz bem. Saber usar o celular é imprescindível nos tempos tecnológicos. Educar os pequeninos desde a tenra infância evita tais comportamentos descritos acima. Obedecer a ordem de chegada sem valer de espertezas valoriza o tempo alheio. E, por fim, saber lidar com o próximo respeitosamente é uma premissa para tempos mais gentis. Precisamos saber respeitar o espaço do outro.

Cortês sim; omissa, não.

DEVO IR?
Sair é quase sempre um grande prazer.

PONTO ALTO:
Ouvir o silêncio do lugar.

PONTO FRACO:
A deselegância em fazer todos ouvirem o assunto da mesa.

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