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Temer diz a repórteres estrangeiros que “Brasil não vai parar”

Temer disse que seu impopular plano de reforma da Previdência seria aprovado, apesar da turbulência política

atualizado

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Michel Temer
1 de 1 Michel Temer - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira, (29/5), que permaneceria no poder, apesar da pressão para que ele renuncie, e previu que o Congresso aprovaria sua ampla reforma de austeridade fiscal nos próximos meses.

Em entrevista concedida a repórteres estrangeiros, Temer disse que seu impopular plano de reforma da Previdência seria aprovado, apesar da turbulência política desencadeada pela delação da JBS.

Esses foram os primeiros comentários de Temer a correspondentes estrangeiros desde a eclosão do escândalo em 17 de maio, que derrubou o real e levantou questões sobre a permanência do peemedebista no poder.

“Sou plenamente capaz de continuar promovendo as reformas, o que significa que eu tenho habilidade para governar”, disse. “O Brasil não vai parar”.

Encontro com representantes de aeroportos

Num encontro com representantes das operadoras internacionais de aeroportos Fraport, Zurich e Vinci, Temer tomou a iniciativa de falar sobre a crise política e buscou tranquilizar os executivos. “O presidente disse que o Brasil continua mantendo a mesma linha política e econômica”, relatou o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa, que participou da reunião.

O governo ainda avalia como boas as chances de a reforma trabalhista ser aprovada no Senado nesta semana ou na próxima. “Os partidos da base continuam apoiando o governo e há um compromisso de continuar votando as medidas de interesse do País, inclusive com a retomada da agenda de reformas”, disse o ministro. Evidências disso são o avanço da proposta trabalhista e a aprovação de sete Medidas Provisórias (MPs) na semana passada.

“Estamos trabalhando para que a expectativa de crescimento se mantenha até o final do ano”, afirmou Quintella, referindo-se ao crescimento de 1,1% apurado pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) no primeiro trimestre deste ano. Esse índice é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), cujo resultado será divulgado na próxima quinta-feira.

A expectativa é de que o dado venha positivo, o que oficializará o fim da recessão. O ministro admitiu que a crise política pode colocar esse crescimento num patamar inferior. “Mas o importante é que o Brasil saiu da recessão e voltou a crescer, e os investidores estão observando o Brasil com todo o cuidado.”

Quintella afirmou que, no caso específico do mercado de aviação, a tendência é de crescimento. Depois de 19 meses sucessivos de queda na demanda e no número de passageiros, o setor passou a exibir dados positivos. No caso da demanda, houve expansão de 5,4% sobre março de 2016 e de 13,2% em abril, disse o ministro. A quantidade de passageiros aumentou 4,1% em março e a expectativa é positiva em relação a abril. “O setor tem tudo para voltar a crescer, e rápido”, disse o ministro.

Os três operadores internacionais arremataram as concessões dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre, leiloados em março passado. Os contratos deverão ser assinados até o dia 27 de julho, informou Quintella. No encontro com Temer, foi comentado que é preciso engajamento dos governos estaduais no processo para que, por exemplo, as obras de acesso ao aeroporto de Florianópolis sejam concluídas no prazo.

O ministro reafirmou que haverá novas rodadas de leilão de aeroportos. No entanto, ainda falta discutir uma questão prévia: o que será feito da Infraero, que desde o início do programa de concessões já perdeu dez de seus aeroportos. Só então será definida uma nova rodada. Os leilões ficarão para 2018.

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