metropoles.com

PF concede refúgio a boliviana que mostrou erro em voo da Chapecoense

Célia Castedo foi denunciada no Ministério Público boliviano por “não cumprimento de deveres” e “atentado contra segurança dos transportes”

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/Facebook
celia castedo
1 de 1 celia castedo - Foto: Reprodução/Facebook

A Polícia Federal de Corumbá (MS), na fronteira com a Bolívia, encaminhou nesta segunda-feira (5/12) o pedido de refúgio solicitado pela boliviana Celia Castedo Monasterio. Ela trabalha na Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia (Aasana), no aeroporto de Viru Viru, de Santa Cruz de la Sierra, e teria apontado problemas no plano do voo da Lamia, no dia 28 de novembro.

O avião transportava a delegação da Chapecoense, jornalistas e tripulantes e caiu próximo à cidade de Medellín, na Colômbia, na madrugada de 29 de novembro. Setenta e uma pessoas morreram e seis ficaram feridas no acidente.

Segundo a PF, Celia recebeu um documento de identidade de estrangeiro que lhe dá o direito de permanecer no Brasil por um ano. Até lá, o mérito do pedido de refúgio deve julgado pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça.

A Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República informou que a boliviana também foi atendida ontem na Procuradoria da República, em Corumbá. Em coordenação com as procuradoras Gabriela Tavares e Maria Olívia, a secretaria vai solicitar aos órgãos federais competentes as medidas cabíveis, conforme as normas internacionais e o direito brasileiro.

Denúncia
A Aasana fez denúncia contra Celia no Ministério Público boliviano por “não cumprimento de deveres” e “atentado contra a segurança dos transportes”. Ela foi suspensa de suas funções por suspeita de negligência e pode pegar até quatro anos de prisão.

A aeronave da Chapecoense partiu da cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra rumo a Medellín, em um trajeto de aproximadamente 3 mil quilômetros, exatamente o mesmo valor de sua autonomia. Ainda assim, o plano de voo não incluía escalas para reabastecimento e nem um aeroporto alternativo para o caso de desvios. Tais problemas foram apontados por Celia, porém o avião decolou do mesmo jeito.

O governo da Bolívia abriu investigação contra a Lamia para saber como a companhia aérea recebeu autorização para operar no país, pois foram encontrados indícios de tráfico de influência e omissão de denúncia. Um gerente da Lamia teria relações diretas com um servidor da Direção Geral de Aeronáutica Civil (Dgac), agência reguladora de aviação civil boliviana. Dirigentes da Dgac e da Aasana foram afastados dos cargos até que durem as investigações.

Na quarta (7), dois procuradores brasileiros vão participar de reunião de trabalho com membros dos Ministérios Públicos boliviano e colombiano, para tratar dos trabalhos de investigação sobre o acidente com o voo da Lamia.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?