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Filho tentou invadir plenário para entregar fotos, diz ministro

Rapaz portava envelope com imagens de uma criança, na versão de Napoleão Nunes Maia. Ministro se exaltou com menção a seu nome por delatores

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Reprodução/Vídeo/G1
filho do ministro napoleaõ
1 de 1 filho do ministro napoleaõ - Foto: Reprodução/Vídeo/G1

Momento tenso na sessão desta tarde do julgamento da chapa Dilma-Temer, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Antes de dar início à leitura de seu voto, o ministro Napoleão Nunes Maia se exaltou ao falar sobre um episódio ocorrido ainda nesta sexta-feira, quando seu filho teria tentado invadir o plenário da Corte e foi barrado pela segurança.

Segundo o ministro, o rapaz queria apenas lhe entregar um envelope com fotos de uma criança, mas Napoleão não entrou em detalhes sobre a “encomenda” e por que era urgente ele receber o pacote do filho. O rapaz passou correndo pelo detector de metais e avançou em direção ao plenário, o que levou a segurança a impedi-lo. Houve um princípio de confusão, pois o visitante estava com roupas esportivas, não foi revistado e insistia em entrar no plenário. Um dos seguranças, então, ameaçou dar voz de prisão. “Então, dê”, desafiou o filho do ministro, que, em seguida, começou a mexer no celular. Outros seguranças foram chamados.

Depois de confirmado o parentesco do “invasor” com o ministro Napoleão, o rapaz foi conduzido a uma das saídas de emergência do subsolo da Corte. Ali, pôde entregar o envelope amarelo que tinha em mãos ao pai, com quem conversou rapidamente – o ministro deixou a sessão para se encontrar com o filho.

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Napoleão passou a manhã com um semblante fechado. Em certo momento, os ministros Gilmar Mendes e Luiz Fux foram até a sua cadeira para conversar e bater em seu ombro. Na edição desta sexta-feira, o jornal Valor Econômico publicou que Napoleão teria sido citado em conversas de executivos da empreiteira OAS em acordos prévios de delação.

Na colaboração premiada da JBS, um delator também levantou suspeita sobre o ministro. O executivo da JBS Francisco de Assis e Silva, conforme publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, disse em sua delação que Napoleão teria intercedido em favor da JBS em ação contra Joesley Batista e contra a Eldorado Celulose, empresa da holding J&F. O caso foi mencionado no âmbito da Operação Greenfield. O ministro afirma que não conhece os envolvidos e que não interferiu em assuntos relacionados à Eldorado.

Ainda antes de ler seu voto, o ministro criticou as notícias. “Nunca falei, nunca participei de reunião nenhuma com ninguém da OAS”, ressaltou. Ele também rebateu informação de que o advogado brasiliense Willer Tomaz de Souza, preso na Operação Patmos, teria citado uma combinação o envolvendo. “Tenho 30 anos de juiz, e agora vêm essas pessoas desfazer minha reputação?”, bradou um exaltado Napoleão.

No julgamento, o ministro é um dos que defendem a exclusão de todas as delações feitas recentemente na análise das contas da campanha presidencial.

A assessoria de imprensa do TSE informou que o filho do ministro foi barrado na porta do plenário por não estar vestido de paletó e gravata, uma exigência dos tribunais. Ele foi acompanhado pela segurança e por assessores do ministro até a entrada privativa para encontrar com o pai, ressaltou a assessoria. (Com informações da Agência Estado)

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