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#ForçaChape. Moradores acampam em frente ao estádio da Chapecoense

O Metrópoles está em Chapecó, onde acompanha o luto da cidade que despertou uma onda de solidariedade de todo o mundo

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
comoção em frente ao estádio da chapecoense
1 de 1 comoção em frente ao estádio da chapecoense - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Enviadas especiais a Chapecó (SC)  Eram 22h quando a equipe do Metrópoles chegou à cidade de Chapecó, em Santa Catarina. Na noite desta terça-feira (29/11), o município de pouco mais de 200 mil habitantes parecia imerso em um estado de torpor. Era como se o tempo estivesse congelado. Os moradores ainda tentavam assimilar a tragédia que se abateu sobre a população local e mergulhou todo o país em um luto como há muito não se via. A busca por conforto se misturava à angustiante espera por respostas. Afinal, o que fez a aeronave da companhia aérea boliviana Lamia cair, matando 71 pessoas e deixando outras seis feridas?

Até mesmo o choro é silencioso, como se as pessoas esperassem por alguém que pudesse desmentir o que aconteceu. Na aeronave, estava o principal time de futebol do município, a Chapecoense, que voava para Medellín. Na cidade colombiana, a equipe brasileira disputaria a primeira partida da final da Copa Sul-Americana.

“Eu acordei de um sonho, que era ver o futebol simples conquistar a América, para um pesadelo em receber a notícia do acidente de avião”, declarou o presidente da Torcida Jovem da Chapecoense, Fernando de Lima, 22 anos. Coube a ele, às 23h, dar um abraço consolador na agora viúva Laura Bittencourt, 43.

Foi por meio de um telefonema do namorado da filha mais velha que Laura soube que o marido, Fernando Bittencourt, estava morto. Além da esposa, Fernando, que era o chefe de segurança da Chape, deixa cinco filhos, entre 3 e 14 anos.

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Acampamento
A família Bittencourt contava com a solidariedade dos pouco mais de 40 torcedores que decidiram passar a noite na porta da Arena Condá, estádio da Chapecoense. Muitos deles se recusavam a sair. Alguns montaram barracas e prometeram ficar acampados no local até a chegada dos corpos dos jogadores e da comissão técnica, prevista para a sexta-feira (2/12).

Em alguns momentos, os torcedores, emocionados, ensaiavam gritos de guerra e cantavam o hino do clube, com a voz embargada pela emoção.

Veja vídeo:

 

Missa e carreata
Segundo os presentes, foi assim durante todo o dia. No início da noite, uma missa foi realizada na Catedral Santo Antônio. Depois, uma carreata passou pelas principais ruas de Chapecó. Para esta quarta-feira (30), estão programadas outras manifestações no estádio. O local deve reabrir nas primeiras horas da manhã.

Às 21h45 de quarta, hora em que a partida contra o Atlético Nacional, da Colômbia, seria realizada, haverá uma vigília na arena. O mesmo deve acontecer em Medellín.

Arte/Metrópoles

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