“É uma safadeza”, reage Silas Malafaia a indiciamento da PF
Ele recebeu, segundo a PF, um cheque de R$ 100 mil em doação para a igreja. O valor é oriundo de esquema de corrupção
atualizado
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O pastor evangélico Silas Malafaia, líder da Associação Vitória em Cristo, chamou de “canalhice” e “patifaria” seu indiciamento pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro. Ele recebeu, segundo a PF, um cheque de R$ 100 mil em doação para a igreja. A corporação afirma que o valor é oriundo de um esquema de corrupção envolvendo cobranças judiciais de royalties da exploração mineral.
Malafaia sustenta que não sabia que o dinheiro era de origem ilícita. Já a PF investiga se ele teria liberado contas correntes de uma igreja para que o montante fosse “lavado”. “O indiciamento foi dia 16 de dezembro e a notícia está sendo requentada por bandidos”, disse Malafaia à reportagem, por telefone, aos gritos, nesta sexta-feira (24/2). Ele se referiu à data em que foi alvo de mandado de condução coercitiva para prestar depoimento à PF.
“Já mostrei extrato bancário, já mostrei que não tenho nada a ver com essa patifaria, essa canalhice. Recebi o cheque, depositei na minha conta, mandei R$ 70 mil para a igreja. Roubaram mais de R$ 70 milhões e eu virei a estrela? É preconceito contra pastor evangélico, é horroroso. Se é um padre vocês não perguntam nada. É uma palhaçada, safadeza”, declarou.Em 16 de dezembro do ano passado, o pastor foi alvo de mandado de condução coercitiva — quando o investigado é levado a depor e liberado.
A Operação Timóteo investiga um esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral — 65% da chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) tem como destino os municípios.