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Desembargador preso é personagem de gibi para “formação ética”

Aposentado, Francisco Barros Dias teria vendido sentenças e está detido desde esta quarta-feira (30/8)

atualizado

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Divulgação/Justiça Federal do Rio Grande do Norte
gibi turma do delgado francisco barros dias
1 de 1 gibi turma do delgado francisco barros dias - Foto: Divulgação/Justiça Federal do Rio Grande do Norte

O desembargador aposentado Francisco Barros Dias, preso nesta quarta-feira (30/8) na Operação Alcmeon por suposta venda de sentenças no âmbito do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), virou personagem de gibi. O objetivo: auxiliar na “formação ética” das crianças.

“Turma do Delgado”, lançada em junho pela Justiça Federal no Rio Grande do Norte, mostra Barros Dias no enredo de historinha para “despertar a cidadania” infantil.

Barros Dias foi preso em regime preventivo pela Polícia Federal, que atribui a ele propina de R$ 150 mil, em 2012, para soltar Rychardson de Macedo por supostas fraudes no Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte. O desembargador teria recebido o dinheiro em espécie no pátio do estacionamento do TRF5, sediado em Recife (PE).

Segundo a Justiça Federal, “a revista traz como personagens profissionais que deixaram sua marca na história da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte”. O nome do gibi é uma homenagem ao ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça (STJ) José Augusto Delgado. O magistrado atuou no Rio Grande do Norte.

O atual ministro do STJ Luiz Alberto Gurgel de Faria, o desembargador federal aposentado Araken Mariz de Faria e as servidoras Maria Isabel Gurgel Umbelino e Marineve Vasconcelos também são personagens da revista.

A publicação foi produzida pela Justiça Federal potiguar e contou com o apoio da Federação da Indústria do estado.

Durante o lançamento da publicação, que ocorreu na abertura da aula magna do curso de pós graduação em Direito e Gestão do Judiciário, o Diretor do Foro da Justiça Federal, juiz Marco Bruno Miranda, ressaltou “o trabalho desenvolvido a partir do gibi para a formação das futuras gerações”.

“Dois elementos importantes: a parceria público-privada e a busca da formação ética das futuras gerações. Muitíssimo feliz com esse projeto”, declarou Miranda.

A reportagem entrou em contato com o escritório de advocacia do magistrado, mas não obteve resposa. O espaço está aberto para sua manifestação.

A Justiça Federal, por sua vez, emitiu nota de esclarecimento. Leia a íntegra:

Sobre a cartilha “Turma do Delgado”, a Justiça Federal no Rio Grande do Norte esclarece que foram escolhidos, para ilustrar a estória de ficção infantil e dar nomes aos personagens, vários profissionais que atuaram na JFRN, todos aposentados. Por ter o foco nas crianças, o projeto usa da linguagem de gibi e os personagens apresentados apenas ilustram a história lúdica que trata, na sua essência, dos conceitos de cidadania.

A cartilha “Turma do Delgado” integra um projeto maior e de sucesso desenvolvido na JFRN, visando ao acolhimento das crianças na instituição, incluindo, entre outros, o oferecimento de brinquedotecas nos fóruns, a disponibilização de um vídeo institucional infantil e a realização do Projeto Escola na Justiça.
Natal, 31 de agosto de 2017 às 11h55

Assessoria de Comunicação da JFRN

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