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“Quis escrever um livro depois de me tornar mãe”, revela Juliana Diniz

Juliana Diniz começou escrevendo despretensiosamente na adolescência, mas aí aconteceu uma “transformação”. Em 2014, ela virou mãe

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Emília Silberstein/Projeto Lupa
juliana diniz
1 de 1 juliana diniz - Foto: Emília Silberstein/Projeto Lupa

Juliana Diniz tem fala mansa, porém muito articulada. Joga os cabelos para trás o tempo todo enquanto fala, mas de maneira muito delicada. Tem um jeito elegante de vestir e se movimentar. É mãe, professora na Universidade Federal do Ceará e doutora em Direito, mas conserva a cara e o sorriso de menina. Se estivesse dentro de um livro seria talvez aquela personagem que parece ingênua e romântica, mas que surpreende o leitor numa virada em que mostra ser bem dona de si.

As mulheres que ela conheceu ao longo da vida tornaram-se inspiração para O Instante-Quase. No livro, seu primeiro, Juliana apresenta 12 mulheres que vivenciam frustrações amorosas. Cada conto tem uma linguagem e técnica narrativa adequada à sua protagonista – passando entre cartas, diálogos e divagações escritas em primeira ou terceira pessoa por um narrador ora engajado, ora imparcial.

“Como são mulheres muito diferentes entre si – com idades, origens e dificuldades diferentes – a linguagem também é muito diferente. Tem desde conto com uma estrutura mais linear, até contos em que a gente trabalha mais a questão da musicalidade, do ritmo. Alguns têm uma linguagem quase de roteiros, com diálogo; outros são descritivos ou com uma prosa mais poética. A ideia é que a linguagem fique, de certo modo, em harmonia com a história que está sendo contada”, explica a autora.

Emília Silberstein/Projeto Lupa

Juliana começou escrevendo despretensiosamente na adolescência, mas a literatura mantinha-se como um desejo distante enquanto ela fazia a faculdade de Direito emendada no mestrado e em seguida no doutorado, seguido de um segundo doutorado antes dos 30 anos. Mas aí aconteceu uma “transformação”. Em 2014, Juliana virou mãe.

Reprodução“A maternidade, assim como outras experiências muito intensas, provocam uma necessidade muito grande de você ressignificar sua vida, sua forma de se relacionar com você, com seu corpo, com o futuro. É como se você perdesse a referência de seu eu e aí você tem que reconstruir isso de alguma forma. E escrever acaba sendo um caminho interessante para fazer isso”, explica Juliana. Ela decidiu escrever e publicar o livro depois que os filhos nasceram.

“Quis escrever um livro depois de me tornar mãe. Acredito que isso tenha a ver com um conflito existencial em que você precisa se preguntar quem é você, o que você pretende ser, o que você transparece para as pessoas, o que foi seu passado, qual será seu futuro. A maternidade é um momento de redefinição na identidade. Não são as crianças que levam a isso, mas a mudança que a chegada delas provoca na sua vida talvez seja um estopim de mudanças no coração.”

Quer ler o texto completo? Acesse Projeto Lupa e confira na íntegra a história de Juliana Diniz.

O Projeto Lupa reúne depoimentos e fotos de profissionais ligados à arte de contar histórias. O site apresenta escritores, jornalistas, roteiristas, contadores de histórias, dramaturgos, redatores publicitários, letristas musicais, que têm algo em comum: a paixão pelas palavras.

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