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Entenda a diabetes gestacional: condição acometeu Tatá Werneck

A humorista deu à luz na quarta-feira e, por conta do problema, uma cesariana foi indicada para que a criança não corresse riscos

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Tatá Werneck
1 de 1 Tatá Werneck - Foto: Reprodução/Instagram

Em suas redes sociais, a humorista e atriz Tatá Werneck anunciou o nascimento da primeira filha com Rafael Vitti na quarta-feira (23/10/2019). Contudo, por conta de uma diabetes gestacional, ela precisou ter a filha por meio de uma cesariana. Mas, afinal, o que é o problema? Lorrainy Lopes Rabelo, ginecologista da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), explica:

O que é diabetes gestacional?
É uma alteração do metabolismo provocada por hormônios produzidos pela placenta que interferem na ação da insulina, substância responsável pelo controle do açúcar no sangue.

Quem pode desenvolver o problema?
Todas as mulheres que engravidam estão expostas ao risco de ter diabetes gestacional, mas ela é mais frequente nas que têm histórico familiar da doença, que estão acima do peso ou ganhando muito peso na gestação. Também é mais presente em grávidas mais velhas, que têm ovários policísticos, gravidez de gêmeos, já apresentaram diabetes gestacional em outra gestações ou deram à luz a bebês muito grandes anteriormente.

Como identificar e controlar?
A condição é identificada por exames de pré-natal rotineiros. O risco é apontado por exames de glicemia, teste oral de tolerância à glicose, avaliação do crescimento fetal pelas ultrassonografias e ganho de peso da mãe. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera glicemia elevada e alerta para diabetes gestacional taxas iguais ou acima de 92 mg/l de glicose no sangue quanto analisado em jejum.

Não existe tratamento definitivo para a doença, mas existe o controle, que é indispensável para prevenir consequências. O controle é realizado a partir de dietas específicas, diminuição da ingestão de açúcares e gorduras, além de atividade física (quando permitido). Em até 20% dos casos, porém, apenas as medidas anteriores não são suficientes e é necessário tratamento com insulina, que não causa mal ao bebê.

Quais são os riscos para a mãe e para o bebê?
Se não controlado, a diabetes gestacional pode promover ganho de peso demasiado pela mãe e pelo bebê, aumentando a demanda cardíaca da criança, o risco de nascimento prematuro e de morte súbita intra-uterina. Além disso, outras doenças podem aparecer, como hipertensão, eclâmpsia e diabetes depois da gravidez. O bebê nascido de uma gestação com diabetes tem maiores riscos de obesidade e de diabetes quando adulto.

A melhor opção é, realmente, a cesárea?
A diabetes por si só não é uma indicação de cesárea, mas ela aumenta o risco da mãe ter que ser submetida ao procedimento se a condição não estiver controlada. O ganho excessivo de peso pelo bebê também aumenta a incidência de complicações no parto normal e a cesariana acaba sendo a alternativa mais segura. Com a diabetes bem controlada, a mãe pode ter um parto normal tranquilamente. Portanto, é preciso diagnosticar e controlar para prevenir maiores complicações.

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