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Câncer de colo do útero: veja fatores que contribuem para surgimento

Também chamado de câncer cervical, a doença é silenciosa, mas se identificada cedo pode reduzir chance de mortalidade em até 80%

atualizado

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Anchiy
Ginecologista, paciente e enfermeira conversando em consultório
1 de 1 Ginecologista, paciente e enfermeira conversando em consultório - Foto: Anchiy

Dentre todos os tipos de tumores malignos existentes, o câncer de colo de útero é o terceiro mais comum entre as mulheres no Brasil — só fica atrás do de mama e de cólon e reto. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que cerca de 17 mil casos sejam diagnosticados por ano no país.

Uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento do câncer de colo de útero é a infecção pelo HPV. Segundo o Ministério da Saúde, 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o vírus ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão se dá na faixa dos 25 anos.

Por isso, o tumor é considerado evitável. As principais maneiras de se proteger estão ligadas à prevenção contra o HPV, como uso de preservativo durante a relação sexual e vacinação.

Em 2017, o Ministério da Saúde incorporou no calendário vacinal o uso do imunizante tetravalente para meninas de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos, e também para mulheres e homens com imunossupressão até 45 anos de idade. A vacina pode ser aplicada em qualquer unidade de saúde e o número de doses varia de acordo com a idade.

A doença também pode estar ligada ao começo precoce da vida sexual, múltiplos parceiros, histórico de doença sexualmente transmissível, imunossupressão, uso de anticoncepcional e tabagismo.

O oncologista chama a atenção sobre a importância da realização de exame ginecológico anual, rigorosamente, para toda mulher que já teve iniciação sexual. O tratamento tem mais chance de sucesso quando o tumor está em estágio inicial.

Sintomas

A doença é considerada silenciosa, ou seja, não chega a causar sintomas em todas as pacientes, o que a torna perigosa. Mas, quando diagnosticada precocemente, existe possibilidade de remissão de até 80%.

“O câncer ginecológico não apresenta sintomas inicialmente — quando eles aparecem, a doença normalmente já se encontra bastante avançada, dificultando o tratamento e diminuindo as chances de cura”, destaca o oncologista Augusto Portieri, do Centro de Câncer de Brasília.

Segundo Portieri, pacientes com o tumor podem ter dor, desconforto e/ou sangramento durante a relação sexual. Os sinais acontecem quando a lesão tumoral no colo do útero já é grande e tem o aspecto de uma ferida ulcerada, que fica dolorida ao toque e sangra com o atrito durante o ato sexual.

Outro sintoma é a presença de corrimento vaginal de coloração marrom e com odor. O problema é causado pelas células tumorais necrosadas e restos de sangue coagulado que se formam a partir do crescimento rápido da lesão tumoral. Este é um sinal de doença avançada.

Em quadros mais graves, também pode acontecer bloqueio das vias urinárias. “Sinais menos comuns do desenvolvimento do câncer são dificuldade para evacuar e até obstrução intestinal, que acontece quando o tumor do colo do útero cresce invadindo o intestino”, explica o oncologista.

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