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Justiça condena donas de escola infantil Colmeia Mágica por tortura

Duas donas e uma funcionária foram condenadas por tortura e maus-tratos contra nove crianças; caso ganhou repercussão em março de 2022

atualizado

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Justiça decretou prisão preventiva de Roberta Serme, dona e diretora da escola infantil Colmeia Mágica
1 de 1 Justiça decretou prisão preventiva de Roberta Serme, dona e diretora da escola infantil Colmeia Mágica - Foto: Reprodução

São Paulo – A Justiça de São Paulo condenou duas donas e uma funcionária da escola infantil Colmeia Mágica, em São Paulo, por tortura e maus-tratos contra nove crianças. Os casos ocorreram entre novembro de 2021 e março de 2022.

A escola na Vila Formosa, na zona leste, atendia crianças de até cinco anos de idade.

maus-tratos a crianças na escola Colmeia Mágica
Crianças eram amarradas em escola infantil na capital paulista

Roberta Serme (na foto em destaque), uma das donas da unidade, foi condenada a 49 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime inicial fechado e um ano e quatro meses de detenção, em regime inicial semiaberto. Já a irmã e sócia de Roberta, Fernanda Serme, que era a diretora da escola, foi condenada a 13 anos e 4 meses de prisão em regime inicial semiaberto.

A funcionária Solange Hernandez recebeu pena de 31 anos, 1 mês e 10 dias de prisão em regime inicial fechado, além de oito meses em regime semiaberto.

As sócias-proprietárias estão presas preventivamente e a funcionária responde em liberdade, situação que foi mantida pela decisão.

Elas negam as acusações. Ao Metrópoles, o advogado de defesa das condenadas afirmou que está analisando a sentença.

A decisão foi tomada pela juíza Cynthia Torres Cristófaro, da 23ª Vara Criminal, do Fórum da Barra Funda. A defesa ainda pode entrar com recurso.

O caso veio à tona em março após a divulgação de vídeos mostrando crianças da unidade chorando e com os braços amarrados por panos (veja abaixo). Os alunos também apareciam recebendo alimentação dentro do banheiro.

 

Em julho, o Metrópoles ouviu algumas das crianças que foram vítimas das agressões e seus familiares. O pai de um casal de dois anos que estudava na escola relatou que os filhos ainda faziam acompanhamento psicológico por conta do episódio.

“A primeira vez que eu levei a minha filha em outra escola, eu perguntei: ‘O que você gostou daqui?’ Tinha muitas coisas maravilhosas na escola, mas o que ela respondeu foi: ‘Aqui ninguém me aperta, ninguém me belisca’. Primeira resposta da minha filha! Ela tinha 3 anos na época!”, disse, chorando.

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