Leite: Lula deve se preocupar com “equilíbrio entre receita e despesa”
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, pediu ao novo governo mais diálogo com os estados e defendeu a reforma tributária
atualizado
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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), pediu ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que tenha maior preocupação com o equilíbrio das contas públicas e dialogue com os governos estaduais antes de tomar decisões econômicas que afetem os estados brasileiros.
Em entrevista à CNN Brasil, na manhã desta terça-feira (3/1), Leite comentou a decisão de Lula de prorrogar a desoneração de tributos federais sobre os combustíveis.
“Essa prorrogação está dentro da alçada do governo em relação aos impostos que compõem a arrecadação federal. Todos queremos que o combustível seja mais barato, mas, de outro lado, também queremos prestação de serviços na educação, na saúde, e investimentos na segurança. Tudo isso é custeado com esses recursos. É importante que tenhamos um equilíbrio entre a receita e a despesa”, afirmou o tucano.
O governador gaúcho pediu ao novo governo mais “diálogo” com os governadores, como foi prometido por Lula durante a campanha eleitoral.
“O que eu espero do novo governo é que faça movimentos, daqui por diante, em coordenação com os governos estaduais, com diálogo. O próprio presidente Lula disse que chamaria os governadores para conversar. Temos essa expectativa de que possamos buscar soluções conjuntamente”, disse Leite.
Reforma tributária
Na entrevista, Eduardo Leite defendeu ainda a aprovação da reforma tributária – apontada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como prioridade do governo ainda para este ano.
“Para fazer a reforma tributária no país, é fundamental ter a decisão e a vontade política do presidente da República, para coordenar o esforço junto ao Congresso Nacional e a sociedade”, afirmou. “O ganho econômico que uma reforma tributária vai proporcionar é muito maior do que as eventuais perdas de receita por causa dessa alteração de tributação. Os estados compreendem isso.”