Leilão da Aneel: deságio médio significará economia de R$ 5,8 bilhões

Seis empresas foram vencedoras do leilão de transmissão de energia da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta sexta-feira (16/12). Os investimentos previstos são de R$ 3,5 bilhões.

Pelas regras do leilão, vence a empresa que oferece a menor Receita Anual Permitida (RAP) para construção e operação dos empreendimentos de transmissão. Os lotes foram arrematados por Taesa, EDF, EDP Brasil, Cemig, Alupar e Mercury.

O deságio médio foi de 38,2%. Na prática, isso representa uma economia de R$ 5,8 bihões aos consumidores durante o período de concessão (30 anos), de acordo com a Aneel. O deságio máximo chegou aos 50%.

O certame prevê a construção de 710 quilômetros de linhas e 3.650 mega-volt-ampéres (MVA) em capacidade de transformação de subestações. Outros 743 quilômetros de linhas e 2.200 MVA em subestações devem passar por manutenção.

Os aportes serão realizados em nove estados: Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo.

Veja os vencedores de cada lote

Lote I (MG/ES)

Cemig (CMIG4), com RAP de R$ 16,995 milhões e deságio de 48%;

Lote 2 (RO)

Energias do Brasil (ENBR3), com RAP de R$ 24,9 milhões e deságio de 45,1%;

Lote 3 (MA/PA)

Taesa (TAEE11), com RAP de R$ 91,3 milhões e deságio de 47,9%;

Lote 4 (RJ)

Usina Termelétrica Norte Fluminense, com RAP de R$ 18,35 milhões e deságio de 50,7%;

Lote 5 (RS)

Taesa, com RAP de R$ 152,2 milhões e deságio de 34,2% e

Lote 6 (SP)

Consórcio Olympus, formado por Alupar (ALUP11) e Perfin, RAP de R$ 69,5 milhões e deságio de 15%.