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ANS e Cade aprovam venda da Amil para Seripieri, fundador da Qualicorp

Aquisição da Amil por José Seripieri Filho, anunciada no fim do ano passado, foi aprovada sem restrições pelo Cade e também teve aval da ANS

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Imagem colorida mostra o empresário José Seripieri Junior, homem branco de cabelo levemente grisalho, vestindo terno preto, camisa branca e gravata azul - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra o empresário José Seripieri Junior, homem branco de cabelo levemente grisalho, vestindo terno preto, camisa branca e gravata azul - Metrópoles - Foto: Divulgação

A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovaram a compra da Amil pelo empresário José Seripieri Filho, o Junior, fundador da Qualicorp e da QSaúde. A decisão do Cade foi publicada na edição desta quarta-feira (17/1) do Diário Oficial da União.

A informação do aval da ANS à transação foi publicada inicialmente pela coluna de Lauro Jardim, em O Globo, e confirmada pelo Metrópoles.

A aquisição da Amil por Seripieri, anunciada no fim do ano passado, foi aprovada sem restrições pelo Cade. Trata-se do maior negócio de fusão ou aquisição já feito entre uma empresa e uma única pessoa física no Brasil, totalizando R$ 11 bilhões.

Com a aprovação também na ANS, o processo passa a seguir duas normas da agência: resolução normativa 525 e instrução normativa 21, que tratam de mudanças no controle societário. Os compradores devem fazer o registro da transferência e apresentá-lo à ANS para sacramentar a mudança no cadastro da empresa.

Agora, a última etapa do processo de venda da Amil é a decisão do Tribunal do Cade.

Seripieri concordou em assumir todos os passivos, no Brasil, da United Health Group (UHG), dona da operadora de saúde. Essa era uma das condições estabelecidas pela empresa americana, que queria sair do país. A UHG tem R$ 9 bilhões em dívidas, tanto tributárias quanto de contingências provenientes de atendimento médico.

Dos R$ 11 bilhões da transação, Seripieri financiou R$ 2 bilhões junto aos bancos Santander, Bradesco, Bradesco BBI, BR Partners e BTG Pactual.

A compra da Amil marca o retorno de Junior ao setor de saúde. No início de sua trajetória profissional, ele trabalhou em diversos ramos, inclusive como feirante e escrivão de polícia. Também foi vendedor de planos de saúde da Golden Cross.

Em 1997, o empresário fundou a Qualicorp, que se transformaria em uma gigante do setor de saúde no país. Junior permaneceu na companhia até 2019, quando vendeu sua participação para a Rede D’Or.

Em 2020, o empresário fundou a QSaúde, que não repetiu o sucesso da Qualicorp e teve seu portfólio vendido para a healthcare Alice, em 2023.

A novela da venda da Amil

Desde o início de 2022, circulam informações sobre a venda da Amil. Cogitou-se que a empresa poderia ser fatiada para atrair compradores. Essa possibilidade, no entanto, foi descartada.

Em 2012, o UHG desembolsou R$ 10 bilhões para adquirir a Amil da família Bueno. A empresa tem 3,1 milhões de usuários em planos médicos e 2,3 milhões em odontológicos, 19 hospitais e 52 unidades de atendimento, como ambulatórios e centros de diagnóstico. A Americas Serviços possui 28 centros médicos e clínicas, além de 12 hospitais.

A força da Amil está no alcance dos seus planos de saúde, além da rede hospitalar. O problema está nos planos individuais, cerca de 300 mil, que não se pagam. No primeiro semestre deste ano, a Amil registrou um prejuízo operacional de R$ 1,6 bilhão.

O UHG, por sua vez, vai bem. O grupo apresentou um lucro líquido de US$ 5,84 bilhões no terceiro trimestre de 2023, maior do que o apurado no mesmo período de 2022, que ficou em US$ 5,26 bilhões. A receita da multinacional avançou 14% no terceiro trimestre, alcançando US$ 92,36 bilhões.

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