Bolsa oscila e dólar sobe com cautela do Fed em reduzir juros nos EUA

O Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), variava entre pequenos movimentos de alta e queda, por volta das 17h30 desta quarta-feira (21/2). As oscilações ocorreram depois da divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Federal Open Market Committee, Fomc), formado por diretores do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), realizada nos dias 30 e 31 de janeiro

Numa abordagem cautelosa, os integrantes do Fomc afirmaram que precisam de “maior confiança” na queda da inflação americana, antes de iniciar o ciclo de cortes na taxa de juros do país, fixada no intervalo entre 5,25% e 5,50%. 

De acordo com o documento, os participantes do encontro de janeiro destacaram o fato de a atividade econômica ter expandido num ritmo sólido nos EUA. O crescimento real do PIB no quarto trimestre do ano passado foi superior a 3%, abaixo do forte crescimento registado no terceiro trimestre, mas acima das expectativas da maioria dos analistas. Daí, em grande medida, a cautela na redução dos juros.

Os membros do Fomc acreditam que os juros atingiram o pico, mas ainda não sabem quando será possível iniciar o ciclo de queda. A maioria dos analistas de mercado considera que elas devem recuar a partir de junho. Há poucos meses, contudo, as apostas estavam centradas em março.

As taxas de juros americanas têm forte impacto no restante do mundo, notadamente no mercado de capitais. Mantidas elevadas, elas aumentam a atratividade dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os Treasuries. Em contrapartida, esse movimento reduz o interesse por ativos de renda variável, como as ações negociadas em Bolsas, em especial nos países emergentes, caso do Brasil.

Dólar

Nesta quarta, o dólar subiu 0,13%, cotado a R$ 4,938. Nesta semana, a moeda americana registra queda de 0,56%. No ano, contudo, ela subiu 1,77% em relação ao real.