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Trump pede que secretário de estado da Geórgia “encontre” votos favoráveis

Atual presidente pede que colega republicano encontre exatos 11.780 votos – número suficiente para reverter vitória do democrata Joe Biden

atualizado

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Chip Somodevilla/Getty Images
Ex-presidente dos EUA, Donald Trump
1 de 1 Ex-presidente dos EUA, Donald Trump - Foto: Chip Somodevilla/Getty Images

O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao colega republicano Brad Raffensperger, secretário de estado da Geórgia, que “encontrasse” votos suficientes para reverter sua derrota nas eleições do país.

Em áudio de uma ligação obtida e divulgada pelo jornal The Washington Post neste domingo (3/1), Trump bajula e implora a Raffensperger para localizar exatos 11.780 votos  –  número suficiente para que o republicano vencesse na Geórgia e não seu adversário, Joe Biden. O democrata venceu na Geórgia com 49,5%, ante 49,3% de Trump, uma diferença de 11.779 votos.

Durante a ligação, o secretário rejeita os pedidos de Trump, explicando que o presidente está contando com “teorias da conspiração já desmentidas” e que a vitória de Biden com 11.779 votos na Geórgia foi “justa” e “precisa”.

De acordo com a gravação, Trump chega a ameaçar Raffensperger, sugerindo que o secretário poderia enfrentar consequências criminais caso se negasse a atender ao pedido.

“A população da Geórgia está com raiva. A população do país está com raiva. E não há nada de errado em dizer, você sabe, hum, que você recalculou”, sugeriu Trump.

Raffensperger respondeu: “Bem, senhor presidente, o desafio que você tem é que os dados que você tem estão errados”.

“Então olhe: tudo que eu quero fazer é isso. Só quero encontrar 11.780 votos, um a mais do que nós. Porque ganhamos o estado”, insistiu Trump em outro trecho da conversa.

Escute trechos da ligação divulgada pelo The Washington Post:

Declarações incorretas

Segundo o Washington Post, vários aliados do republicano estavam ao seu lado no momento da ligação, como a chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, e a advogada conservadora Cleta Mitchell.

Procurados pelo jornal, Mitchell disse que o gabinete de Raffensperger “fez muitas declarações nos últimos dois meses que simplesmente não são corretas e todos os envolvidos com os esforços em nome do desafio eleitoral do presidente disseram a mesma coisa: ‘Mostre-nos seus registros nos quais você confia fazer essas declarações de que nossos números estão errados'”.

A Casa Branca, a campanha de Trump e Meadows não responderam. O escritório de Raffensperger não quis comentar o caso.

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