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“Tentam criar crise para justificar intervenção”, diz Maduro na ONU

Presidente da Venezuela acusa EUA por atentado e pede investigação internacional

atualizado

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Marcos Oliveira/Agência Senado
Nicolas Maduro
1 de 1 Nicolas Maduro - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O presidente Nicolás Maduro, em uma participação de última hora na Assembleia Geral da ONU, nesta quarta-feira (26/9), acusou os Estados Unidos e “países satélites” da América Latina de tentarem fabricar uma crise migratória para justificar uma intervenção militar mascarada como “intervenção humanitária” na Venezuela. São informações do jornal O Globo.

Maduro, que desde 2015 não comparecia ao encontro anual em Nova York, afirmou que as investigações indicam que o atentado com drones em 4 de agosto foi planejado e financiado a partir dos EUA e que os autores foram treinados e receberam apoio das autoridades da Colômbia. Ele disse ainda que diplomatas de Chile, Colômbia e México iriam ajudar na fuga dos autores do ataque.

O presidente venezuelano afirmou que seu país está aberto à ideia de uma investigação independente promovida pelas Nações Unidas sobre o ataque. “As portas e os sistemas de justiça da Venezuela estão abertos para estabelecer responsabilidades”, disse. “Buscavam criar caos na pátria”, completou.

Maduro disse que, apesar das diferenças, está disposto a se encontrar com o presidente americano, Donald Trump. Mais cedo, a mídia colombiana afirmou que um encontro entre Maduro e Trump aconteceria nesta quarta-feira.

Apertar a mão
“Cheguei a Nova York hoje e soube que jornalistas perguntaram a Trump se estava disposto a se reunir com Maduro. Parece que Trump disse em alguma de suas respostas que se isso ajudaria a Venezuela, ele estava disposto. Pois eu digo: apesar das imensas diferenças históricas, ideológicas e sociais, o presidente da Venezuela está disposto a apertar a mão e a se sentar com ele e dialogar sobre os assuntos da nossa região”.

Maduro afirmou que a crise migratória que enfrenta o país na verdade é uma “campanha midiática mundial”, que visa criar subterfúgios para “justificar uma intervenção militar”. Ele comparou o tratamento dado ao tema àquele conferido à Guerra do Iraque:

“Fala-se do mesmo modo como se falava das armas de destruição em massa do Iraque, assim como se justificou intervenção em outros países. É uma campanha brutal de guerra psicológica”,afirmou.

“Hoje sabemos que uma intervenção militar é o que se pretende. Constrói-se uma crise humanitária na mídia internacional, que utiliza conceitos da ONU, para justificar que uma coalizão de países encabeçados pelos EUA e pelos seus governos satélites ponha a mão no nosso país”, finalizou o presidente.

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