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Rússia retoma envio de gás para a Europa e espanta temores de recessão

Canal foi desligado há 10 dias para manutenção programada; retorno do fornecimento ainda era incerto por conta da guerra na Ucrânia

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Stefan Sauer/picture alliance via Getty Images
dutos de gás
1 de 1 dutos de gás - Foto: Stefan Sauer/picture alliance via Getty Images

A Rússia retomou o bombeamento de gás natural através do gasoduto Nord Stream para a Europa nesta quinta-feira (21/7), segundo a empresa operadora do gasoduto.

O fornecimento da principal fonte de gás russo do país foi interrompido há 10 dias, e a volta do fluxo alivia temores imediatos de uma crise de abastecimento para o inverno europeu, após o presidente Vladimir Putin ameaçar que o envio de gás poderia ser bloqueado.

O retorno ocorreu conforme o planejado no calendário de manutenção. O envio para a Europa é de 40% em relação aos níveis pré-guerra, o equivalente ao índice antes das obras de rotina, segundo informações da Reuters.

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O gasoduto Nord Stream 1, que liga o território russo até a Alemanha sob o Mar Báltico, é considerado de extrema importância para o continente europeu. Em meio ao clima de tensões sobre a guerra na Ucrânia, autoridades alemãs temiam que o envio pudesse ser bloqueado como forma de retaliação às sanções da União Europeia sobre o Kremlin.

Klaus Mueller, presidente do regulador de rede da Alemanha, disse que a retomada dos fluxos de volta a 40% da capacidade não é um sinal de que as tensões estão diminuindo. “Infelizmente, a incerteza política e o corte de 60% desde meados de junho permanecem”, afirmou, nas redes sociais.

A desvalorização da moeda europeia frente à norte-americana vem sendo acentuada em um contexto de temores de recessão em território europeu, alimentados pelos altos índices inflacionários e pelas preocupações energéticas impulsionadas pela guerra na Ucrânia.

Clima de tensão

A Rússia é o principal fornecedor do produto do continente europeu e responde por 41% da distribuição. Alemanha, Itália, França, Turquia, Holanda, Áustria, Polônia, Hungria e Reino Unido são os principais consumidores.

O fornecimento de gás russo abaixo do normal desencadeou uma crise de preços crescentes da energia. A maior parte do produto é distribuída para a União Europeia por meio de gasodutos que estão na zona de conflito.

A Rússia já ameaçou cortar o fornecimento, e a operação de um novo gasoduto foi barrada pela Alemanha. A União Europeia estuda como diminuir a dependência do produto russo.

A dependência do gás russo é histórica. Algumas relações ultrapassam cinco décadas, como a da Alemanha, que negocia o produto desde quando a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) existia. Somente os alemães compram 16% do gás russo. O italianos aparecem em segundo lugar no ranking – 12%.

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