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Macron e Le Pen vão disputar o segundo turno na França

Pesquisas apontam candidato social-liberal em vantagem sobre postulante de extrema direita. Mais de 70% do eleitorado participou da eleição

atualizado

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Christophe Ena/AP/Estadão Conteúdo
ELEIÇÃO NA FRANÇA
1 de 1 ELEIÇÃO NA FRANÇA - Foto: Christophe Ena/AP/Estadão Conteúdo

O temor de uma baixa participação do eleitorado no pleito presidencial da França foi afastado nesse domingo (23/4). Quarenta e sete milhões de franceses compareceram às urnas na votação do primeiro turno, que designou Emmanuel Macron e Marine Le Pen na disputa do segundo turno, em 7 de maio.

O Ministério do Interior da França disse que Emmanuel Macron, do movimento En Marche! (social-liberal), tinha 23,9% dos votos, enquanto Marine Le Pen, do partido nacionalista Frente Nacional (extrema direita), vinha logo atrás, com 21,7%. O conservador François Fillon tinha 20% e o candidato de extrema esquerda Jean-Luc Mélenchon, 19,2%.

Marine Le Pen, do partido nacionalista Frente Nacional (extrema direita), quer que a França deixe a UE, enquanto o ex-ministro da Economia Emmanuel Macron, do movimento En Marche! (social-liberal), quer uma cooperação ainda mais próxima entre os 28 membros do bloco. Isso significa que o segundo turno terá um tom de plebiscito sobre a permanência da França na UE. Representa também o fim da hegemonia de socialistas e republicanos, que durante 36 anos se alternaram no Palácio do Eliseu.

O ex-primeiro-ministro conservador François Fillon e o socialista Benoit Hamon admitiram a derrota e pediram apoio a Mácron no segundo turno.

Eleição acirrada

O quadro de indefinição foi captado por todas as pesquisas de opinião nas últimas três semanas, desde a forte ascensão do candidato radical de esquerda Jean-Luc Mélenchon, do movimento França Insubmissa. Por ter roubado votos dos dois favoritos, o social-liberal Emmanuel Macron, da recém-criada legenda En Marche! (Em Movimento), e a nacionalista Marine Le Pen, da Frente Nacional, seu crescimento nas sondagens embolou a disputa pelos quatro primeiros lugares, que conta ainda com o conservador cristão François Fillon, do partido Republicanos.

 

Frank Augstein/AP/Estadão Conteúdo
Le Pen durante a votação
Philipp Wojazer/Pool/AP/Estadão Conteúdo
Macron durante a votação

Cenários possíveis

As pesquisas de opinião para o segundo turno, divulgadas até a semana passada, mostravam consistentemente que Macron venceria Le Pen por uma diferença de 20 pontos percentuais ou mais em uma eventual disputa apenas entre os dois.

Uma vitória de Macron, um firme defensor da União Europeia, reforçaria a convicção dos principais políticos europeus de que eles podem vencer o desafio dos nacionalistas anti-UE como Le Pen. Depois de um ano de choques políticos, no entanto, poucos governantes nas capitais da Europa vão descansar facilmente até o fim das eleições.

Além disso, Le Pen ainda tem uma chance, se as projeções de boca de urna se confirmarem. Suas promessas de rejeitar o euro e diluir a UE anulariam décadas de esforços para unir a Europa política e economicamente. Suas visões de política externa, incluindo sua proximidade com o presidente russo Vladimir Putin, colocariam em dúvida o comprometimento da França com sua aliança de segurança com potências ocidentais como os EUA e a Alemanha.

Uma presidência de Le Pen representaria o terceiro golpe em um ano para a ordem integrada do mundo ocidental, após a decisão do reino Unido de sair da UE e a eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA com uma plataforma nacionalista e populista

A maioria dos observadores espera que os eleitores franceses apoiem Mácron para bloquear o desafio radical da extrema direita

 

 

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