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ONU: 43 mil pessoas morreram por seca na Somália em 2022

Segundo relatório, a seca enfrentada pela Somália ainda deve matar 135 pessoas por dia nos primeiros seis meses deste ano

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Yannick Tylle/ Getty Images
Fotografia colorida de paisagem árida em Puntland, na Somália
1 de 1 Fotografia colorida de paisagem árida em Puntland, na Somália - Foto: Yannick Tylle/ Getty Images

A seca que assola a Somália na última decáda matou 43 mil pessoas em 2022, diz relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira (20/3). Segundo o documento, metade das vítimas provavelmente era crianças menores de 5 anos.

Em 2023, a previsão é de que a seca continue a assolar um dos países do chifre africano. De acordo com o documento, a estimativa é de que, no primeiro semestre do ano, 135 pessoas morram por dia na Somália em consequência da seca. Nesse ritmo, até 34 mil morreriam no país apenas nos primeiros seis meses de 2023. “A crise atual está longe de acabar e já é mais severa que as secas de 2017 e 2018”, informa o documento.

De acordo com o relatório, a temporada sem chuvas, somada à instabilidade política, às tensões étnicas e à falta de segurança, tem piorado o cenário de má nutrição enfrentada na região. Além disso, o aumento dos preços globais de alimentos é um fator que agrava a situação.

A Somália enfrenta cinco temporadas de chuva com volume muito inferior ao esperado. O documento afirma que metade da população local necessita de assistência humanitária

“Esses resultados apresentam um quadro sombrio da devastação causada pela seca às crianças e suas famílias”, disse Wafaa Saeed, representante da agência das Nações Unidas para a infância, ao apresentar o relatório na capital da Somália, Mogadíscio.

As autoridades humanitárias destacam que a seca impacta principalmente os territórios centrais e sul do país, como as regiões de Bakool, Bay e Banadir.

Após a publicação do relatório, a expectativa da ONU é de que os números chamem a atenção para situação da comunidade internacional e que mais ajuda humanitária seja enviada.

“Estamos correndo contra o tempo para impedir mortes evitáveis”, afirmou Mamunur Rahman Malik, representante da organização na Somália.

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