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Mais da metade dos trabalhadores estão insatisfeitos com emprego, diz pesquisa

O estudo traz entrevistas com trabalhadores de 38 países ao redor do mundo

atualizado

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Foto colorida de homem trabalhando
1 de 1 Foto colorida de homem trabalhando - Foto: Unsplash/Reprodução

Uma pesquisa apontou que 54% dos trabalhadores estão insatisfeitos com o próprio emprego. O estudo consultou profissionais de 38 países ao redor do mundo.

A pesquisa ainda indica que para mais de 50% dos entrevistados o trabalho é o responsável por um sentimento de tédio e esvaziamento do sentido da vida, estado conhecido como languishing. Os números foram coletados pela rede dinamarquesa Woohoo Unlimited Partnership.

O estudo contou com o apoio do Instituto Feliciência para captação dos dados referentes ao Brasil. A diretora da instituição, Carla Furtado, comenta que, apesar do estudo fazer um panorama de trabalhadores de diversos países, a tendência apontada vale para o Brasil.

O objetivo da pesquisa foi mapear a infelicidade no ambiente de trabalho. Foi constatado que 18% dos entrevistados têm um dia ruim no trabalho diariamente ou em quase todos os dias. Além disso, 15% afirmaram que o último dia bom no trabalho ocorreu há mais de um mês.

Pós-pandemia

Essa é a primeira edição da pesquisa a ser divulgada após a pandemia da Covid-19. A comparação entre as edições de 2018 e a mais recente, de 2022, aponta uma mudança nas demandas dos trabalhadores, facilitadas pela necessidade de trabalhar on-line.

Segundo Carla, entre as novas demandas, estão a autonomia, o equilíbrio entre vida e trabalho e a possibilidade de se desenvolver no trabalho. Na pesquisa anterior, realizada em 2018, a principal necessidade seria que o ambiente de trabalho gerasse orgulho.

“O que a gente pode observar é que houve uma necessidade de trabalhar de casa, e as pessoas fizeram isso com autonomia. Elas responderam à necessidade das organizações de seguirem funcionando da forma como foi possível”, descreve. “Autonomia é essa capacidade de decidir a forma de trabalhar”.

A diretora, porém, observa que muitas organizações querem retomar modelos anteriores repentinamente, com reforço no controle sobre as ações dos trabalhadores. “Fica difícil porque as pessoas experimentaram o que é responder por si mesmas”, pondera.

Necessidade de mudança

Dos entrevistados, 79% acreditam que sua organização se preocupa com o bem-estar dos funcionários. Carla prevê que, a partir de 2023, os trabalhadores comecem a requer dinâmicas que promovam maior bem-estar.

A diretora do Instituto Feliciência considera que devem surgir demandas por revisão de salários, flexibilidade, progressão de carreira e qualidade de vida. “As organizações precisarão olhar de maneira muito responsável para aquilo que afeta a qualidade de vida do trabalhador”, afirma.

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