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Filha de brasileiro morto pelo Hamas homenageia pai: “Caiu em batalha”

Hen Mahluf usou rede social para homenagear o pai, Michel Nisenbaum, morto pelo grupo extremista Hamas

atualizado

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Reprodução/Redes sociais
Michel Nisenbaum com as filhas
1 de 1 Michel Nisenbaum com as filhas - Foto: Reprodução/Redes sociais

Uma das filhas do brasileiro-israelense Michel Nisenbaum usou uma rede social para homenagear o pai. O corpo dele foi encontrado por militares de Israel na Faixa de Gaza e identificado.

“Quem diria que esta seria a nossa história, que este seria o seu fim. Nosso Pepi, meu coração está partido”, escreveu Hen Mahluf, em hebraico.

Na publicação, a família informa que Michel será sepultado no próximo domingo (26/5), no cemitério de Givat Zion, em Ashkelon.

“Caiu em batalha no dia 7 de outubro e foi sepultado para sempre, meu filho, meu irmão, nosso pai, nosso avô, nosso querido amado”, diz ainda o comunicado. Michel foi morto pelo grupo extremista Hamas no ano passado.

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O brasileiro-israelense deixa duas filhas, Hen e Michal. Hen tem três filhos pequenos, enquanto Michal deu à luz seu terceiro filho, um menino, no início deste ano.

Ele era diabético e sofria com a doença Crohn — síndrome inflamatória que afeta certas porções do intestino delgado e o cólon. “Ele é uma pessoa muito boa. Apesar de não ser irmã do mesmo pai, somos muito apegados”, contou Mary à época.

Um dos traços marcantes de Michel, segundo os familiares, era o espírito solidário. De dar uma carona para um amigo até o aeroporto a integrar equipes de voluntários (na polícia e nos serviços de saúde), essa era a vida do brasileiro, além do trabalho como técnico de informática.

“Se alguém pedir ajuda, ele sempre tenta ajudar. Assim é o meu irmão”, lembrou Mary. Mesmo estando divorciado há anos, o brasileiro continuou muito próximo à ex-esposa, Mariela Tchicourel.

Corpo de Michel Nisenbaum estava na Faixa de Gaza

O corpo do brasileiro estava na Faixa de Gaza, e os militares o levaram de volta a Israel com outros dois reféns na manhã de quarta-feira (22/5).

Inicialmente, ele foi declarado desaparecido desde o dia 7 de outubro do ano passado, quando o grupo extremista Hamas entrou em Israel e matou cerca de 1.200 civis e militares. Nisenbaum teria saído de sua casa, em Siderot, para ir buscar a neta de 4 anos, que estava com o pai, um militar.

Pai e filha foram atacados em uma base das FDI e conseguiram sobreviver. Já Nisenbaum não teve a mesma sorte e acabou baleado e morto por terroristas enquanto dirigia na Rota 232. Segundo uma das filhas da vítima, um contato telefônico chegou a ser feito, mas do outro lado da linha alguém só gritava o nome do Hamas.

O carro que o brasileiro dirigia foi queimado, mas a polícia garantiu que ele não estava no veículo.

O nome dele estava na lista de 138 reféns em poder do grupo extremista. Além do brasileiro, os corpos de mais dois reféns foram recuperados: Hanan Yablonka, de 42, e Orión Hernández Rado, de 30.

A guerra entre Israel e Hamas teve início em 7 de outubro, quando o grupo extremista invadiu o território de Israel. No ataque, os extremistas mataram mais de 1,2 mil pessoas e levaram 240 pessoas como reféns. Desde então, o governo de Israel tem promovido bombardeios e incursões terrestres na Faixa de Gaza, região dominada pelo Hamas.

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