metropoles.com

Wall Street teme turbulência maior no Brasil

Investidores de Nova York preveem um 2017 conturbado na economia brasileira

atualizado

Compartilhar notícia

IStock
bolsa de valores
1 de 1 bolsa de valores - Foto: IStock

O Brasil precisa voltar a crescer para que o ambiente doméstico melhore, mas a avaliação de gestores e investidores em Nova York é que 2017 pode ser um novo ano de decepções na economia, com o risco de mais turbulência política e ainda o aumento da incerteza no cenário externo com o governo de Donald Trump nos EUA.

As previsões de expansão para o País em 2017 começaram a ser revisadas para baixo e a manutenção da estimativa de algum crescimento vai depender dos efeitos da delação da Odebrecht, segundo gestores e economistas que participaram da reunião anual em Nova York, na quinta-feira, da EMTA, associação de casas financeiras que investem em mercados emergentes. Os executivos destacam que a política de Trump pode afetar os fluxos de capital para o País e contribuir para a desvalorização do real.

O Citigroup avalia que a nova onda de delações tem potencial para “chacoalhar” o ambiente político em Brasília e atrasar a reforma da previdência, além de afetar a atividade econômica. O diretor do banco responsável por mercados emergentes, David Lubin, disse que os recentes indicadores econômicos decepcionaram. Entre eles, o PIB do terceiro trimestre mostrou a sétima queda consecutiva, recuando mais 0,8%.

“A questão essencial para o Brasil é voltar a crescer”, disse o responsável pela América Latina na gestora Schroders Investment Management, Jim Barrineau. Só uma expansão mais robusta do PIB, acima de 2% ao ano, ajudaria a reunir capital político para que reformas necessárias sejam feitas. Para o gestor, a política populista no Brasil fracassou em estimular a atividade econômica e agora é preciso fazer ajustes importantes.

Apesar do aumento do risco político e de indicadores fracos, o gestor da BlackRock, Pablo Goldberg, avalia, que o Brasil está em melhor posição do que há um ano. Já ocorreram dois cortes de juros pelo BC e a proposta de PEC que estabelece um teto para os gastos públicos foi aprovada em primeiro turno no Senado. “O Brasil começou a se mover em um ambiente político muito difícil para resolver essas questões, mas está se movendo na direção certa.”

No cenário externo, ainda há considerável incerteza sobre como deve ser o governo de Trump, mas a expectativa é que será um período marcado por juros altos e dólar valorizado, o que é um ambiente negativo para emergentes, como o Brasil, avalia o chefe de pesquisa econômica do Barclays, Christian Keller.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?