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Dona do Google é acusada de ter ajudado a acobertar casos de assédio

Conselho da Alphabet recebeu dois processos esta semana, um deles aberto por acionistas que pedem indenização financeira

atualizado

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1 de 1 assédio - Foto: Arte / Metrópoles

Acionistas da Alphabet, empresa controladora do Google, entraram com processo nesta semana contra o conselho de administração da empresa. Eles acusam a companhia de, nos últimos cinco anos, ter ajudado a acobertar duas queixas de assédio sexual na companha, prejudicando a saúde financeira e a produtividade do grupo. O segundo processo, aberto na quarta-feira (9/1) por dois fundos de pensão da Califórnia, cita documentos da Alphabet e relatos da imprensa.

O processo dos acionistas lembra que o Google pagou US$ 90 milhões a Andy Rubin, ex-diretor de Android, quando este saiu da empresa. Outro montante foi pago a Amit Singhal, diretor da unidade de busca do Google. Os dois executivos são investigados por acusações de assédio sexual dentro do Google.

Rubin e Singhal negam as acusações. O presidente-executivo do Google, Sundar Pichai, pediu desculpas no ano passado aos funcionários pelos casos de assédio acontecidos nos anos anteriores e prometeu melhorar as práticas da companhia.

Um dos dois processos cita atas do conselho da Alphabet que mencionam discussões sobre as situações dos executivos. James Martin, autor de uma das ações, obteve os documentos por meio de uma demanda feita por um acionista, segundo o processo. O Google forneceu os documentos sob a condição de não serem publicados, segundo advogados, e detalhes sobre as atas constam em pelo menos oito páginas no processo de 82 páginas encaminhado na quinta-feira, 10.

O advogado de Martin, Frank Bottini, afirmou que sua equipe planeja mostrar que o Google amargou centenas de milhões de dólares em prejuízos, incluindo os pagamentos feitos aos executivos acusados de assédio sexual e perda de produtividade de funcionários ao redor do mundo quando houve um protesto promovido por eles em novembro.

Os protestos dos funcionários foram promovidos depois de reportagem do jornal New York Times em outubro mostrar que o Google, em 2014, pagou US$ 90 milhões de dólares a Rubin.

Ellen Winick Stross, advogada de Rubin, afirmou na quinta-feira, que o processo de Martin, “não é verdadeiro e promove acusações sensacionalistas contra Andy por sua ex-esposa. Andy deixou o Google voluntariamente. Ele nega qualquer ato irregular, e vamos contar sua história no tribunal.”

O processo tenta forçar o Google a mudar seus procedimentos de supervisão e governança, evitando futuras questões de comportamento no ambiente de trabalho. Os acionistas também pedem que os diretores da Alphabet paguem multas à empresa por supostamente violarem deveres fiduciários.

O acionista pede que a Alphabet adicione pelo menos três diretores independentes a seu conselho e adote uma estrutura de “uma ação, um voto” para aumentar a supervisão dos acionistas sobre as decisões da administração. Executivos da Alphabet atualmente controlam direitos de voto equivalentes a 10 votos cada.

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