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Del Potro supera cansaço e vence o português João Sousa

Tenista argentino voltou à quadra 15 horas depois de derrotar o número um do mundo e contou com apoio da torcida argentina para avançar

atualizado

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Clive Brunskill/Getty Images
Martin Del Porto
1 de 1 Martin Del Porto - Foto: Clive Brunskill/Getty Images

Entre o fim do jogo histórico contra o sérvio Novak Djokovic e o início do duelo diante do português João Sousa foram apenas 15 horas. Pouco para um tenista que ainda busca ritmo nas quadras depois de seguidas lesões no punho. Mesmo assim, o argentino Juan Martín Del Potro encontrou forças para vencer, nesta segunda-feira (08.08), o segundo confronto seguido, na mesma quadra central do Centro Olímpico de Tênis, na Barra.

As mesmas armas que trouxeram a vitória contra o número 1 do mundo ajudaram no triunfo de hoje: saque forte, direita firme e muito apoio nas arquibancadas. Contra Sousa, pesaram ainda os erros do português, que custaram a quebra de serviço no penúltimo game do primeiro set: 6/3 pro argentino.

Só que a batalha de dois tiebreaks do dia anterior cobraram o preço. Del Potro cometeu erros incomuns: foram 19 erros não forçados só no segundo set, contra apenas quatro do rival português. Somando isso à falta de sequência de jogos devido às lesões no punho, o rendimento caiu drasticamente: 6/1 para Sousa.

No set decisivo, um momento com a torcida marcou a reação. Após vencer o primeiro game, Del Potro parou e observou os torcedores argentinos, pela primeira vez abafando as vaias dos brasileiros.

Delpo chacoalhou o corpo, retomou a concentração e partiu para o jogo. Errou menos, fez mais aces (13 a 6) e bolas vencedoras (33 a 23) que o português, que abusou novamente dos erros não forçados. A vibração deu resultado: 2 sets a 1 pro argentino (6/3, 1/6, 6/3), em 1h58 de partida e vaga nas oitavas de final, em busca da segunda medalha olímpica.

Ao fim do confronto, Del Potro admitiu que o cansaço pesou, mas também exaltou a força que recebeu dos argentinos no estádio. “No fim da partida estava complicado, minhas pernas estavam pesadas. Na noite passada eu fui dormir às 4h30 da manhã. Hoje estava tomando café da manhã às 9h. Ainda não acredito que derrotei Djokovic e tive que jogar tão cedo”, declarou o argentino, que ainda tem uma partida de duplas marcada para hoje.

Além do cansaço físico, o tenista da Argentina teve que lidar com o furacão emocional pelo qual passou após bater o número um do mundo no Rio 2016. “Chorei muito na noite passada, lágrimas de alegria por todas as pessoas que me apoiaram nas minhas lesões e neste momento”, contou Del Potro.

Na próxima rodada, ele terá pela frente o japonês Taro Daniel, que eliminou o britânico Kyle Edmund nesta segunda-feira. O vencedor do duelo se classifica para as quartas de final do torneio olímpico.

Nada de zebras

A quadra central recebeu ainda a número 2 do mundo, Angelique Kerber, da Alemanha, que passou sem sustos pela canadense Eugenie Bouchard, por 2 sets a 0 (6/4 e 6/2). A canadense cometeu o dobro de erros não forçados da alemã, que com regularidade e frieza, confirmou o favoritismo em quadra.

Já no primeiro jogo do dia na quadra central, a tcheca Petra Kvitova, número 14 do mundo, superou a ex-número 1 do ranking da WTA, a dinamarquesa Caroline Wozniacki, também por 2 sets a 0 (6/2 e 6/4). A dinamarquesa ensaiou uma reação no fim da partida, mas em nada lembrou a tenista que já foi a melhor do planeta. Kvitova arriscou mais e as bolas vencedoras refletiram o melhor desempenho da tenista tcheca, que ficou na frente do placar desde a 1ª quebra de serviço do dia.

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