São Paulo massacra o Toluca por 4 a 0 pela Libertadores
Tricolor paulista tem boa vantagem para o jogo de volta, que vale vaga nas quartas de final. Pela Copa do Brasil, Botafogo e Santos avançaram de fase
atualizado
Compartilhar notícia
Jogar no estádio do Morumbi, na capital paulista, pela Copa Libertadores faz um bem danado ao São Paulo. A força da torcida e o retrospecto de mais de 80% de aproveitamento na sua casa alimentaram o apetite do time nesta quinta-feira para massacrar o Toluca por 4 a 0, pelo jogo de ida das oitavas de final, e encaminhar a vaga na próxima fase.
Na semana que vem, na cidade de Toluca, no México, a equipe pode se dar ao luxo de perder por até três gols de diferença que estará classificado. Depois de quase ficar na fase de grupos, o clube está muito perto de chegar às quartas de final.
A volta por cima na competição reabilitou a contratação mais cara do time nas duas últimas temporadas. O atacante argentino Centurión superou as vaias de torcida e problemas pessoais com dois gols e uma atuação que corresponde aos R$ 14 milhões pagos nele.
Os 53 mil torcedores precisaram vestir a camisa do São Paulo por cima dos agasalhos para lotar o Morumbi na fria noite de 14ºC e chuva fina no Morumbi. O ambiente era de empolgação nas arquibancadas, o que favoreceu no primeiro tempo a redenção de dois jogadores que até semanas atrás eram muito criticados pela torcida. Michel Bastos e Centurión colocaram o time em vantagem
O Toluca, desfalcado por cinco jogadores, veio só para se defender, mas se mostrou desprevenido para suportar o ritmo do São Paulo. O time da casa não deu trégua, como se corresse em dobro para espantar o frio. Recuado e mal na defesa, os mexicanos deixaram uma avenida pelo lado esquerdo do ataque e expuseram o goleiro a quase 20 finalizações antes do intervalo.
A pressão do São Paulo, o estádio cheio e até a fumaça dos sinalizadores pareceram atordoar o Toluca. Um time que joga para empatar na casa do adversário jamais poderia levar um gol como tomou. A cobrança da lateral de Bruno passou por vários defensores, até a bola chegar para Michel Bastos bater de primeira, aos 27 minutos.
Segundo gol
A vantagem premiou o domínio e intensificou a blitze do São Paulo para cima de Talavera. Kelvin acertou a trave duas vezes, Paulo Henrique Ganso aparecia livre a todo momento e os volantes desarmavam sem dificuldade. O segundo gol chegou com merecimento Centurión acertou um lindo chute cruzado no ângulo, aos 45 minutos.
O argentino comemorou com uma dança para espantar a timidez que o caracteriza nas entrevistas e espantar a má fase. Foi o primeiro gol dele no ano. Centurión era só a terceira opção para o ataque. Ele só foi escalado porque o compatriota Calleri cumpriu suspensão e Alan Kardec sofreu uma indisposição estomacal.
O intervalo não ajudou em anda o Toluca a se arrumar. O São Paulo manteve o ritmo e ainda fez mais dois, com Thiago Mendes após bela tabela e outro de Centurión. O argentino deixou o campo aplaudido pela torcida logo depois.
Os são-paulinos também viram Paulo Henrique Ganso desequilibrar o jogo, com bons lances e até chapéu em um adversário. Quem não pode ser notado foi o goleiro Renan Ribeiro. O substituto de Denis, expulso no jogo anterior, pouco precisou trabalhar além de cobrar tiro de meta.
Aos gritos de “olé” e até um tímido coro de “o campeão voltou”, o São Paulo encerrou a atuação de gala confiante que pode ir longe porque ao menos o básico o time já conseguiu: conquistar a torcida.
Copa do Brasil
Pela Copa do Brasil, não foi nada tranquila a classificação do Botafogo para a segunda fase do torneio. Apesar de ter vencido o primeiro jogo por 1 a 0, o time foi carioca jogou mal e custou a arrancar o empate por 1 a 1 com o Coruripe-AL, nesta quinta-feira (28), no estádio Los Larios, em Duque de Caxias (RJ). Sassá, que não atuava há seis meses, marcou o gol salvador, em jogo que teve apenas 211 pagantes.
Já o Santos não teve problemas, e os 5.140 torcedores que foram à Vila Belmiro viram a classificação do Peixe à segunda fase da Copa do Brasil, com o triunfo por 3 a 0 sobre o xará do Amapá.