metropoles.com

Flamengo é denunciado no STJD por manifestação homofóbica da torcida

Em partida válida pelas quartas de final Copa do Brasil contra o Grêmio, torcedores do Flamengo cantaram música com letra homofóbica

atualizado

Compartilhar notícia

Silvia Izquierdo-Pool/Getty Images
Flamengo
1 de 1 Flamengo - Foto: Silvia Izquierdo-Pool/Getty Images

Nesta quarta-feira (3/11), o Flamengo foi denunciado ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por manifestação homofóbica da torcida. Em jogo no maracanã contra o Grêmio no dia 15 de setembro , válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil, torcedores da equipe rubro-negra cantaram música com letra que associava gaúchos à homossexualidade.

Nas imagens usadas na denúncia, parte da torcida do Flamengo canta as seguintes palavras: “Arerê, gaúcho dá o c* e fala tchê”. A Comissão Disciplinar da corte fará o julgamento na próxima segunda-feira (8/11), às 13h.

A denúncia feita pela Procuradoria do STJD partiu de uma apresentação de “Notícia de Infração” feita pelo Coletivo de Torcidas Canarinho LGBTQ, com imagens de torcedores que faziam o canto homofóbico. Ao analisar as imagens de vídeo, a Procuradoria entendeu que “o comportamento da torcida do Flamengo se enquadra no artigo 243-G do CBJD”.

O referido artigo diz sobre “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.

De acordo com o CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), se a punição foi confirmada, a pena será de “suspensão de cinco a 10 partidas, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de 120 a 360 dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código, além de multa de R$ 100 a R$ 100 mil”.

Embora a partida tenha sido em setembro, somente após a eliminação do Flamengo diante do Athletico Paranaense a denúncia foi oferecida. Além do Flamengo, a equipe de arbitragem foi denunciada por não ter relatado o ocorrido na súmula.

 

 

Compartilhar notícia