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Em 1998, França fraudou sorteio para evitar Brasil, revela Platini

Manipulação foi feita para não acontecer possível confronto entre as duas seleções antes da final, o que acabou ocorrendo

atualizado

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Platini
1 de 1 Platini - Foto: WIKIPEDIA COMMONS/DIVULGAÇÃO

Os organizadores da Copa do Mundo de 1998, na França, manipularam o sorteio das chaves a fim de evitar que o Brasil cruzasse com o time da casa antes da grande final. Quem fez a revelação foi o próprio presidente do comitê organizador do torneio, o ex-dirigente Michel Platini. Em entrevista a uma rádio francesa, marcada marcada para ir ao ar no domingo (20/5), o ex-craque admitiu ter fraudado o processo de escolha.

“Quando organizamos o calendário, fizemos um pequeno esquema”, disse Platini, em entrevista para a rádio France Bleu. “Se terminássemos em primeiro do grupo e o Brasil também no dele, apenas nos encontraríamos na final”, disse. “Não tivemos problemas por seis anos para organizar a Copa do Mundo, para, depois, organizar uma pequena manobra”, comentou.

Pelas regras da Fifa, Brasil e França estavam entre os oito cabeças de chave no sorteio realizado em 1997. Cada um deles cairia em um grupo, de forma aleatória. Mas, segundo Platini, houve uma manobra para permitir que o Brasil estivesse no Grupo A, na condição de campeão, e a França acabou sendo “sorteada” para o Grupo C. Assim, não haveria risco de um confronto com o time de Ronaldo antes da final.

“Você acha que os outros não fazem o mesmo nas suas Copas? É uma brincadeira?”, disse. “Brasil e França na final era o que todos sonhavam”, completou, sem explicar como ocorreu a manipulação.

Na época, o sorteio foi realizado pelo então secretário-geral da Fifa, Joseph Blatter. A entidade era comandada pelo brasileiro João Havelange. O arranjo acabou funcionando para os franceses. Brasil e França chegaram à grande final e o time de Zinedine Zidane aplicou uma severa derrota ao time brasileiro por 3 a 0. Aquele foi o único título mundial da história da França.

Esta não é a primeira vez em que a manipulação de sorteios é mencionada. Conforme declarou Blatter em recente entrevista, ele tinha conhecimento das supostas “bolas frias”. Segundo informou, elas eram colocadas com a finalidade de permitir que a pessoa responsável por retirar as bolas pudesse identificar quem deveria selecionar. Ele, porém, insistiu que isso “jamais ocorreu” sob seu comando na Fifa.

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