Porão do Rock promove ações de inclusão social e defesa ambiental
A organização do festival, que realiza sua 19ª edição no sábado (22), também é uma ONG em atividade durante todo o ano
atualizado
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O Porão do Rock realiza neste sábado (29/10) a 19ª edição consecutiva. Mas poucos sabem que, mais do que um festival de rock, o Porão é uma ONG que mantém, além do evento musical, ações referentes a sustentabilidade, acessibilidade, distribuição de roupas e alimentos. A organização também atua na integração de pessoas com necessidades especiais.
A ONG Porão do Rock foi criada em 2001 e, desde então, promove o projeto Porão Sustentável. Por meio dele, ocorrem reflexões sobre o consumo consciente, alimentação orgânica e preservação do meio ambiente.
Segundo um dos produtores do Porão, Gustavo Sá, o projeto comporta ações como ausência de descartáveis durante o evento, plantio de árvores para o sequestro de carbono, além de materiais reciclados fazerem grande parte da decoração e da ambientação.
O evento é paperless, ou seja, você não encontra panfleto e nem cartazes do Porão do Rock nas ruas, isto faz parte da nossa consciência ambiental
Gustavo Sá, produtor
Além de tudo isso, a parceria com a ONG Rodas da Paz, incentiva as pessoas à irem curtir os shows de bicicleta. Quem for assistir aos shows pedalando ganha desconto de R$ 5 no valor do ingresso, pagando R$ 15 na bilheteria. As bikes ficam abrigadas no estande da ONG Rodas da Paz, localizado logo na entrada da arena.
Pessoas com deficiência
Desde a edição do ano passado, uma ação de inclusão social chama a atenção. Em parceria com a Coordenação de Promoção de Direitos de Pessoas com Deficiência (Promodef) e do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Coddede DF), a organização do Porão contrata pessoas com deficiência para realizar trabalhos remunerados durante o evento.
Este ano, serão contratadas mais de 20 pessoas, entre autistas, portadores da Síndrome de Down, deficientes auditivos, visuais, cadeirantes e com outras dificuldades de locomoção. Eles atuam em todos os tipos de função às quais estejam habilitados. Segurança, caixa, carregador, atendente, recepção e guias para outras pessoas com necessidades especiais.
O objetivo é disponibilizar empregos reais, aumentar a autoestima e valorizar este trabalhador
Gustavo Sá
O cachê recebido poe esses trabalhadores varia entre R$ 80 e R$ 150 por noite. Neste momento, a produção está em fase de seleção das pessoas inscritas e o resultado sai nesta quinta (26/10) no site do evento.
Pessoas com deficiência também têm entrada franca nos shows, além de um ambiente todo adaptado para recebê-los, cardápio em Braile e intérpretes de Libras no palco. Somando-se a estas iniciativas, a participação da Revista Traços permite a inclusão das pessoas em condição de rua representados pelos “porta-vozes” da revista.
Doze horas de shows
Reunindo 28 atrações em três palcos — 14 nacionais e 14 do DF –, o Porão do Rock já é uma marca registrada da cultura brasiliense. Neste sábado, a partir das 15h, no estacionamento do Estádio Mané Garrincha, o público pode conferir 12 horas de shows, com nomes como Emicida, Ira!, Nação Zumbi, Supla e Planet Hemp (foto acima).
Os ingressos de pista custam R$ 20, mais 1kg de alimento não-perecível (menos sal e fubá). A doação do alimento é obrigatória e ele deverá ser entregue somente na portaria e na hora do evento. Os alimentos recolhidos vão para a campanha Rock contra a Fome, desenvolvida desde 2003 pela ONG Porão do Rock em parceria com o Sesc-DF.
Os ingressos podem ser adquiridos nas lojas Abriu pro Rock (Gama Shopping, Shopping Sul Valparaíso e Pátio Brasil), Bilheteria Digital (Pátio Brasil, Brasília Shopping, Boulevard Shopping, Liberty Mall e Alameda Shopping), Chilli Beans (ParkShopping, Taguatinga Shopping e Conjunto Nacional) e Overstreet (Conic e Gilberto Salomão) ou online pelo portal Bilheteria Digital.