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“Não Tá Tudo Bem”: Ops lança disco sobre mundo em desajuste

Após mais dez anos como DJ e produtor, Rafael Ops começa experiência solo com variedade de ritmos, linguagens e inquietações

atualizado

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Diego Bresani/Divulgação
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1 de 1 ops_foto diego bresani (media) - Foto: Diego Bresani/Divulgação

“Não Tá Tudo Bem”, primeiro disco solo de Rafael Ops, será lançado nesta sexta-feira (27/10), no Teatro Dulcina, de forma incomum. Metade música, metade conversa não ensaiada com o público. Ingressos estão à venda pela internet.

Inquieto, melancólico, mas esperançoso, o álbum comenta um mundo em desajuste (ecológico, social, político) por meio de estilos e ritmos diversos, do indie rock ao brega, passando por zouk e reggaeton. “É música popular, mas ao mesmo tempo causa estranhamento”, define Ops.

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Com apenas 28 minutos de duração, as oito músicas do CD navegam por crônicas sobre o estado de coisas no Brasil e no mundo. A maneira como tratamos mal a Terra, os discursos de ódio e intolerância que se proliferam nas redes e nas ruas, a alienação confortável dos que têm tudo, o desgosto dos que têm pouco ou nada.

Música + teatro: Ops se revela por inteiro
Ops já teve mais de dez bandas em Brasília, entre elas a Disco Alto, e atuou como DJ do coletivo Criolina por cerca de uma década. A experiência musical, portanto, é extensa. Mas ele carrega outro elemento para “Não Tá Tudo Bem”: sua persona antes escondida atrás das picapes.

“Nesse disco, eu me dei o direito de me expor como ator, personagem e artista. Aqui volto ao teatro, às origens, coloco meu corpo pra jogo. Isso foi a maior evolução. Minha formação é como ator (artes cênicas pela UnB). Essa personalidade agora se mostra para o mundo”, explica o músico.

Ops costurou “Não Tá Tudo Bem” entre arranjos e temas. “Começa pesado, obscuro, mas a partir da metade vai se abrindo, fica diurno. Usei tom maior de propósito do meio para o fim. A última faixa (“Sobre o Céu”) fecha com naipe de metais. O máximo da beleza e da alegria”, descreve.

A “tristeza diária” que vemos nos noticiários foi algo inescapável para Ops. “Eu já trabalhava e pesquisava os ritmos presentes no disco há anos. Quando decidi colocar letra, era inevitável falar sobre não estar tudo bem”, diz o autor.

“Sobre o Fim do Mundo”, obviamente apocalíptica, vislumbra até um mundo sem nós, humanos: “um dia a Terra vai se vingar/o fim desse mundo é um alívio pra vida que agora vai brotar”. Mas as brechas solares também estão por toda parte.

“A alegria de dançar, de estar num mundo que passeia pelo universo, de a gente ser pequeno e ter opção de viver dançando. Desde a segunda música (“O Seu Remédio”) falo do riso da criança, do mar, do vento. O encontro com a natureza e com nós mesmos pode ser a solução.”

Ops lança o disco “Não Tá Tudo Bem”
Sexta (27/10), às 21h, no Teatro Dulcina (Conic, 99578-8013). R$ 25. Ingressos à venda pelo Sympla. Show de abertura das bandas Zé Krishna e Amigos Eternos.


“Não Tá Tudo Bem”, disco de Ops, está disponível nas plataformas Apple Music, Deezer, Spotify e YouTube

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