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Depois de 15 anos, escritor de “As Aventuras de Pi” lança novo livro

“As Altas Montanhas de Portugal” é dividido em três novelas que aparentam ser independentes uma da outra, mas na verdade são interligadas

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BRITAIN BOOKER PRIZE
1 de 1 BRITAIN BOOKER PRIZE - Foto: Alastair Grant/AP Photo

Foram necessários 15 anos para que Yann Martel, escritor do livro “As Aventuras de Pi”, voltasse a lançar uma nova obra. “As Altas Montanhas de Portugal” (editora Tordesilhas, R$ 36) representa a volta do autor canadense ao cenário literário e chegou às livrarias do país neste mês.

“As Altas Montanhas de Portugal” une o conto fantástico à fábula contemporânea. A obra é dividida em três novelas que aparentam ser independentes uma da outra, mas se revelam interligadas no final.

ReproduçãoA primeira novela, “Sem Lar”, ocorre em Lisboa durante o ano de 1904 e conta a historia de Tomás, um assistente de museu que descobre a existência de um crucifixo cheio de segredos capazes de abalar a Igreja Católica na região das Altas Montanhas de Portugal.

A segunda, “Para Casa”, é ambientada na região das Altas Montanhas de Portugal e relata a vida de um médico que, em 1938, recebe um pedido inesperado de uma mulher no hospital. Já a terceira e última parte, “Em casa”, debate a escolha, em 1980, do senador Peter Tovy, que passa a viver com um chimpanzé depois de perder a mulher e romper as relações com o filho.

Reconhecimento
Martel ganhou reconhecimento mundial após ganhar o Prêmio Man Booker de 2002 por conta do livro  “As Aventuras de Pi”. Dez anos depois, a obra foi transformada em um filme que ganhou diversos prêmios, como o Oscar de melhor direção, efeitos especiais, trilha sonora e fotografia na cerimônia de 2013.

“As Aventuras de Pi” rendeu também uma forte polêmica no Brasil. A narrativa da obra, que traz um menino junto a um tigre em um bote após o naufrágio do navio em que estavam, é bem semelhante à de “Max e os Felinos”, livro escrito pelo gaúcho Moacyr Scliar, morto em 2011.

O autor canadense chegou a dizer que realmente tinha lido a obra de Scliar e comentar, em uma entrevista, que “quis aproveitar uma boa ideia estragada por um escritor ruim”. Scliar, ao tomar conhecimento da situação à época, ficou impressionado, mas resolveu não abrir um processo judicial contra Yann Martel. “Um escritor, do chamado Primeiro Mundo, copiando um autor brasileiro? Copiando a mim?”, questionou surpreso.

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