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Mostra no CCBB reúne obra completa do diretor de “Lawrence da Arábia”

A partir desta quarta (9/12), retrospectiva exibe clássicos como “A Ponte do Rio Kwai” (1957) e “Doutor Jivago” (1965), além de títulos menos celebrados de David Lean

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Certos diretores parecem carregar em suas carreiras a aura aventureira e melodramática da Hollywood clássica, como Alfred Hitchcock, Howard Hawks e John Ford. Autor de filmes grandiosos dos anos 1950 e 1960 — em escala e duração –, David Lean responde pela verve mais épica e suntuosa da era de ouro dos estúdios.

O cineasta inglês é tema de uma retrospectiva que promete percorrer desde títulos canônicos a trabalhos menos celebrados. A mostra começa nesta quarta (9/12) e segue até 4 de janeiro de 2016, no CCBB. Em mais de quatro décadas de carreira, Lean assinou 16 filmes — sem contar dois em que ele não é creditado como diretor.

Somados a “A Maior História de Todos os Tempos” (1965), um desses trabalhos “apócrifos”, e “Invasão de Bárbaros” (1941), montado por Lean, o panorama reúne 18 títulos. O realizador é historicamente associado a três épicos muito populares rodados em sequência, entre os anos 1950 e 1960: “A Ponte do Rio Kwai” (1957, foto no alto), “Lawrence da Arábia” (1962) e “Doutor Jivago” (1965).

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De montador a diretor de épicos
Essa fase internacional de Lean, em que o filme-evento ganha um tratamento de luxo, com planos abertos e cores vívidas, foi precedida por períodos distintos vividos pelo diretor. Antes de iniciar a carreira como autor dos próprios filmes, nos anos 1940, ele passou mais de uma década montando longas de compatriotas britânicos, como Michael Powell, de “Invasão de Bárbaros”.

O intenso aprendizado — Lean montou 28 filmes entre 1930 e 1942 — logo se desdobrou para as primeiras experiências na cadeira de cineasta. Após adaptar quatro peças do dramaturgo Noël Coward, como “Desencanto” (1945), Lean escalou Alec Guinness em “Grandes Esperanças” (1946) e “Oliver Twist” (1948), baseados em livros de Charles Dickens. O ator se tornaria um dos favoritos de Lean, acumulando papéis em “Kwai”, “Lawrence”, “Jivago” e “Passagem para a Índia” (1984), último filme do cineasta.

As diferenças de escala e temperamento entre as diferentes fases de Lean se revelam pelas próprias tramas. Enquanto “Kwai” e “Lawrence” propõem painéis imensos sobre as duas grandes guerras, filmes anteriores evidenciam interesse por histórias intimistas, mais dependentes de bons diálogos do que de árduas filmagens em locação.

Se “Desencanto” emoldura uma mulher com vontade de trair o marido com um estranho que acaba de conhecer numa estação de trem, “Papai É do Contra” (1954) mostra um sapateiro (o ótimo Charles Laughton) às voltas com o casamento da filha — e melhor funcionária. Lean, tal qual os grandes de sua época, exibia uma virtude artística digna de cânone e amigável às bilheterias: a capacidade de transitar com classe por comédias, dramas e épicos.

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