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Crítica: “Capitão Fantástico” segue família hippie de hábitos incomuns

Com Viggo Mortensen, indicado ao Globo de Ouro, “Capitão Fantástico” acompanha família hippie que vive longe dos vícios da civilização

atualizado

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Universal Pictures/Divulgação
Capitão Fantástico, filme
1 de 1 Capitão Fantástico, filme - Foto: Universal Pictures/Divulgação

Em “Capitão Fantástico”, Viggo Mortensen interpreta o que poderia ser chamado de um pai de família riponga. Ben cuida dos seis filhos no mato, nos limites entre uma cidadezinha e a floresta que a rodeia. Os meninos e meninas aprendem filosofia e literatura desde cedo, não veem TV, treinam golpes de autodefesa e caçam animais para comer.

O dia mais esperado do ano para as crianças não é o Natal nem o aniversário. Mas o chamado Dia de Noam Chomsky, filósofo e linguista. Os presentes? De preferência, facas pontiagudas para melhorar o abate e corte de animais. Para Ben, um anticapitalista convicto, a única revolução possível é criar os filhos desse jeito.

Basta essa descrição para reconhecer que “Capitão Fantástico” só poderia ser mesmo um filme indie norte-americano. Se você lembrou de “Pequena Miss Sunshine” (2006), saiba que dali a pouco o longa de fato assume a estrutura de road movie. A família pega a estrada a bordo de um ônibus escolar improvisado para ir ao funeral da mãe.

Clichês de cinema indie
A história pode até ser cativante em certos momentos, especialmente quando o roteiro evidencia que o principal aspecto da criação de Ben é falar sempre a verdade. Sempre. Mesmo quando a caçula indaga o que é estupro, o pai não hesita em explicar o significado da palavra.

O problema de “Capitão Fantástico” – e da maioria de filmes indies semelhantes – é a postura afetada e pseudointelectual, de olho no tal público alternativo. Matt Ross, ator convertido em diretor, apresenta e defende todo um modo de vida obviamente hostil ao senso comum para depois regá-lo com fofura.

“Capitão Fantástico” força a barra para parecer inteligente e equilibrar sacadinhas cults com personagens “esquisitos, mas doces”. É o tipo de material que soaria ideal nas mãos de Wes Anderson (“Os Excêntricos Tenenbaums”), esse sim um diretor capaz de transformar a estranheza da vida – ou a universalidade do que é diferente – em cinema.

Avaliação: Regular

Veja horários e salas de “Capitão Fantástico”.

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