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Cannes: “Le Grand Bain”, de Gilles Lellouche

Divertidamente comédia é mais uma razão para aproveitar grandes atores franceses do que um grande filme.

atualizado

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Festival de Cannes/Divulgação
Le Grand Bain
1 de 1 Le Grand Bain - Foto: Festival de Cannes/Divulgação

Homens com crise de meia idade. Num ano aonde a masculinidade tóxica está escancarada e explicitada, pobrezinhos são os homens adultos que se queixarem das dificuldades da vida e da impotência que sentem perante o trabalho, o casamento, a idade e a falta de dinheiro. Em “Le Grand Bain”, tudo bem, pois o diretor Gilles Lellouche convoca um time de estrelas muito divertidas para contar a história de um time amador de nado sincronizado composto por homens em cômicas crises existenciais.

Mathieu Amalric, nascido para interpretar personagens deprimidos e ansiosos, é Bertrand, pai de família desempregado há dois anos. Ele se recusa a pedir a ajuda do cunhado, e sua esposa tenta apoiá-lo o máximo possível, mesmo enquanto ele vai perdendo o respeito de seus filhos e conhecidos. Por razão nenhuma, ele decide entrar num time de nado sincronizado junto com um roqueiro que nunca conseguiu o sucesso (Jean-Hugues Anglade), um vendedor de piscinas falido (Benoît Poelvoorde), um porteiro tímido (Philippe Katerine), um destemperado recém divorciado (Guillaume Canet) e um imigrante que não fala francês (Balasingham Thamilchelvan).

A trama é perfeitamente regular, e portanto bem comercial. Cada um tem suas próprias dificuldades e seus atritos–no final, o companheirismo que todos experimentam os salvam do desespero. O filme não se preocupa tanto em explicar por que cada um resolveu se dedicar a algo tão incoerente quanto o nado sincronizado (talvez a belíssima treinadora, interpretada por Virginie Efira, que pelo menos recebe um mínimo de caracterização seja razão suficiente para eles), mas sim em plantá-los lá e depois encontrar uma competição internacional em que eles possam participar.

Se nada da trama impressiona, toda a graça do filme vem de seus intérpretes. Completamente foras de forma e socados em sunguinhas, tentando executar acrobacias aquáticas, e resmungando uns com outros, a turma em muito lembra o esquadrão do clássico inglês “Ou Tudo ou Nada”, em que operários sem recursos fazem strip-tease para pagarem as contas. “Le Grand Bain” é uma fórmula divertida, duas horas de entretenimento para quem quer esvaziar a cabeça e sair sorrindo.

Avaliação: Regular (2 estrelas)

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