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Vizinhos de Giovana Camilly, morta pelo namorado, estão assustados com o crime

Apesar de no local, crianças estarem soltando pipas como uma manhã normal de férias, há poucas horas, a rua foi palco de um feminicídio

atualizado

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Vítima - Metrópoles
1 de 1 Vítima - Metrópoles - Foto: Reprodução / Redes sociais

A rua onde ocorreu o trágico feminicídio de Giovana Camilly Evaristo Carvalho (foto em destaque), de 20 anos, em Ceilândia Sul, amanheceu silenciosa nesta quinta-feira (19/1). Vizinhos que ouviram gritos e os dois tiros que mataram a jovem, na noite anterior, permaneciam assustados com o crime.

A rua, que aparentemente é tranquila, foi palco de grande movimentação de viaturas do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) e da Polícia Militar (PMDF), na noite de quarta-feira (18). Testemunhas disseram ainda que ouviram uma intensa gritaria no local. Giovana gritava. Pedia para o companheiro parar e chamava por socorro. Após ouvirem dois estampidos, eles viram um carro saindo e cantando pneu.

Na noite trágica, Giovana foi atingida por disparos no rosto dados pelo namorado Wellington Rodrigues Ferreira, 38 anos. Com as roupas sujas de sangue, ele foi preso em flagrante pela Polícia Militar do DF (PMDF). O crime ocorreu na QNN 20 Conjunto N.

A vítima ainda chegou a ser encaminhada ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), mas não resistiu aos ferimentos. O acusado tentou fugir de carro após o crime, mas foi preso por policiais militares.

Segundo a advogada Dayane Cristina Ferreira, o acusado teria relatado que ele e Giovana haviam consumido uma grande quantidade de cocaína momentos antes do ocorrido.

Wellington foi levado para a carceragem da Polícia Civil do DF (PCDF), nesta quinta-feira. O acusado ainda não passou por audiência de custódia.

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O casal se relacionava há cerca de 10 meses. O namoro, no entanto, era conturbado e envolvia diversas crises de ciúmes e traições. De acordo com moradores da rua, que preferiram não se identificar, a jovem havia perdido um bebê há cerca de dois meses. Ela morava apenas com a mãe.

Para quem morava perto, era comum ver o casal sentado na calçada em frente à residência em que ela morava. Porém, nunca notaram nenhum comportamento estranho do homem. Segundo os vizinhos, Giovana era uma pessoa tranquila, que não conversava muito com os outros moradores.

Ainda de acordo com relato dos residentes, esta foi a primeira vez que ocorreu um crime tão grave no endereço. Na manhã desta quinta (19), crianças brincavam de pipa na rua, enquanto outros moradores espreitavam pelas grades dos portões, comovidos com o feminicídio.

Prisão de Wellington

Wellington foi encontrado por agentes da PMDF em sua residência, em um condomínio de Taguatinga.

Logo após a prisão, o feminicída falou para a polícia que o crime ocorreu devido a uma discussão por drogas. O assassino alegou que a vítima seria usuária de drogas e que na ocasião Giovana teria exigido drogas para ele e, em surto, teria atirado na direção dele no banheiro e, depois, apontado a arma contra a cabeça do companheiro.

De acordo com relatos do vizinho que socorreu Giovana, o casal tinha passado por pelo menos duas brigas com agressões. Em uma delas, Wellington teria enforcado a companheira.

O homem já possuía diversas passagens pela polícia, dentre elas por dois homicídios, porte de arma de fogo, roubo e lesão corporal.

O feminicídio é investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM II). Se condenado pelo crime, ele pode pegar até 30 anos de prisão.

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