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Sem diálogo com o GDF, Movimento Passe Livre promete inflamar manifestações

Grupo prepara ato para a próxima sexta-feira (25/9) na Rodoviária do Plano Piloto

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Daniel Ferreira/Metrópoles
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1 de 1 180915dfpasselivre002-900 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Os reflexos do pacote anticrise anunciado pelo Governo do Distrito Federal prometem estremecer a capital. Em vigor desde o último domingo (20/9), o aumento médio de 40% no valor das tarifas do transporte público do DF resultou em protestos em diversas regiões administrativas. Uma nova ação ocorreu na tarde de terça-feira (22/9), na Rodoviária do Plano Piloto. Apesar da pressão popular, Carlos Tomé, secretário de Mobilidade, alegou que o governo convidou o Movimento Passe Livre (MPL) para conversar em duas ocasiões, mas houve recusa. O grupo é o principal responsável por coordenar ações contra os ajustes do governo.

No ato de terça, os manifestantes distribuíram panfletos aos passageiros e cantaram músicas com letras contrárias ao aumento da tarifa e ao governador Rodrigo Rollemberg. Segundo Raíssa Oliveira, 27 anos, integrante do MPL, o encontro tinha como objetivo chamar a população para o protesto de sexta-feira (22/9), que também deve acontecer na Rodoviária. Embora pacífica, cerca de 300 policiais foram deslocados para a manifestação.

Para o movimento, não há diálogo enquanto o GDF não mostrar interesse em revogar a medida. “O secretário foi leviano ao citar que não aceitamos o convite do governo, uma vez que eles não cumpriram com a promessa de apresentar a planilha de gastos com o transporte público para a população discutir sobre o aumento da tarifa”, disse Paique Duque, um dos coordenadores do MPL.

As tarifas que custavam R$ 1,50 passaram para R$ 2,25. Já as de R$ 2 foram para R$ 3. Enquanto isso, as de R$ 2,50 subiram para R$ 3 e as de R$ 3 foram para R$ 4. A passagem do metrô, que era vendida a R$ 3 passou para R$ 4 e os descontos que eram concedidos nos fins de semana e feriados foram cancelados. Segundo o GDF, os valores cobrados pelos tíquetes de ônibus eram os mesmos desde 2006 e a passagens de metrô não passam por reajuste desde 2009.

Daniel Ferreira/Metrópoles
Grupo parou o centro da cidade na última semana

Como o Buriti sinalizou que não irá ceder, o MPL se programa para fazer grandes protestos. “Sexta-feira esperamos obter maior apoio da população”, conta Duque. O grupo pretende realizar uma nova manifestação às 17h, na Rodoviária do Plano Piloto.

Estimativas do governo mostram que, com o aumento das tarifas, os cofres públicos terão uma economia de R$ 50 milhões neste ano. Em 2016, a previsão é que esse valor chegue a R$ 100 milhões. O sistema de transporte do DF é pago, parte pelos usuários, com o valor das passagens, e parte pelo governo, em forma de repasses às empresas.

Segundo o secretário de Mobilidade, o reajuste foi a última opção que restou ao governo. “Temos consciência de que a medida vai gerar transtorno para os passageiros, mas corria o risco de o sistema parar até o fim do ano por absoluta falta de recursos”, destacou. Tomé afirmou ainda que o governo tomou providências para melhorar o transporte e gerenciar melhor os recursos, como a reorganização das linhas e a fiscalização dos cartões de passe livre. “Só neste ano, identificamos que 1.525 cartões de uso exclusivo de pessoas com necessidades especiais estava sendo usado de forma irregular. Muitas pessoas usavam até CPF falso para dar continuidade à fraude”.

O aumento no transporte faz parte de uma série de medidas para o déficit de R$ 5,2 bilhões no orçamento. Entre os cortes está a suspensão do pagamento de reajustes salariais aos servidores públicos e realização de novos concursos. Houve, ainda, aumento no ingresso do Zoológico, de R$ 2 para R$ 10, e das tarifas de água e energia.

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