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Metroviários terão audiência de conciliação nesta quarta-feira

Empresa discutirá, no TRT, os rumos da greve. Enquanto isso, passageiros continuarão sem o serviço. Nesta terça (3/11), os usuários se surpreenderam com a paralisação e precisaram recorrer aos ônibus

atualizado

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Daniel Ferreira/Metropoles
1 de 1 - Foto: Daniel Ferreira/Metropoles

A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) se reúne com representantes do sindicato da categoria às 14h30 desta quarta-feira (4/11), em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT), para discutir a greve iniciada nesta terça-feira (3). Até lá, os passageiros ficarão, mais uma vez, sem o serviço.

O sindicato quer a revisão da medida que permite a circulação de 30% do efetivo. Segundo o Metrô-DF, o serviço reduzido pode comprometer a segurança dos passageiros. Às 20h, na Estação da Praça do Relógio, a categoria fará nova assembleia para debater os rumos da paralisação. “Até agora não houve movimentação do governo para atender as nossas demandas”, disse o diretor do SindMetro, Quintino Santos Sousa.

Irritação
Nesta terça, usuários do metrô foram surpreendidos ao encontrar os acessos fechados. “É uma falta de respeito”, reclamou o técnico em segurança do trabalho Jhonata Gomes, 29 anos, que caminhou 1,3 quilômetro entre a Estação Galeria, em frente ao Setor Comercial Sul, e a Rodoviária do Plano Piloto, onde também não havia serviço do transporte subterrâneo. “Não sou contra a greve, acho que todos devem lutar por seus direitos, mas é um absurdo essa suspensão total dos serviços. O trabalhador é quem sai mais prejudicado.”

A doméstica Neusa dos Santos, 58 anos, não sabia como chegar ao trabalho após encontrar as portas do metrô fechadas. Acompanhada da filha, Adriana dos Santos, 35, tentava achar alternativas. “Trabalho em Águas Claras, mas não sei chegar até lá de ônibus. Os motoristas me disseram que o próximo vai demorar a passar. Agora não sei o que faço.”

O Metrô suspendeu as operações às 14h desta terça. A decisão foi anunciada depois de medida liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que permitiu o funcionamento com apenas 30% dos trens em circulação, ou seja, oito vagões.

Todas as estações foram fechadas por razão de segurança, segundo o órgão. A direção da empresa queria pelo menos 80% das composições rodando no horário de pico e 60% nos demais horários.

O presidente do Metrô-DF, Marcelo Dourado, disse que não “é maluco de colocar oito trens no horário de pico na volta para casa porque assim você não oferece nenhuma segurança aos usuários”.

Os metroviários entraram em greve na madrugada desta terça. Pela manhã, 15 dos 24 trens circularam. O movimento foi pequeno, mas houve tumulto em algumas estações. Das 24, apenas 12 abriram as portas.

Reivindicações
Os metroviários decidiram pela paralisação em assembleia no dia 25 de outubro. A categoria reivindica a contratação de mais servidores.
O GDF precisa convocar os aprovados no último concurso. Hoje, temos um excesso de comissionados na empresa. Isso é fruto de favores de campanha
diretor do sindicato Quintino dos Santos

Os servidores cobram, ainda, o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), assinado em março deste ano, com a proposta de correção salarial a partir de outubro e pagamento dos retroativos no começo do próximo ano.

Em relação aos comissionados, a assessoria do Metrô-DF esclarece que a empresa tem 1.069 empregados. Desse total, 114 vagas são destinadas a livre provimento, sendo 57 para funcionários da casa que receberem função comissionada e 57 para pessoas sem vínculo. Dessas 57, 52 estão ocupadas.

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