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Covid-19: CLDF volta atrás novamente sobre retomada de sessões presenciais

Colégio de líderes entendeu que “ou volta todo mundo ou não volta ninguém”. Não há prazo para nova decisão

atualizado

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Felipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
CLDF
1 de 1 CLDF - Foto: Felipe Cardoso/Especial para o Metrópoles

A Mesa Diretora da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) não entrou em consenso nessa segunda-feira (01/06) e continua sem data para retomar as sessões presenciais. O colegiado decidiu acatar pedido dos quatro deputados com mais de 60 anos que não se sentem seguros para o retorno por conta do risco de contágio pelo coronavírus. Os distritais também discordaram sobre a fórmula híbrida de votações sugerida pelo presidente da Casa, Rafael Prudente (MDB).

A proposta era que as atividades fossem retomadas de duas maneiras, a contar de 9 de junho: com parte dos parlamentares on-line e parte presencialmente. Mas, na última quinta-feira (28/05), o colégio de líderes se posicionou contrário ao retorno das sessões presenciais. Ainda assim, a decisão final ficou para a reunião da Mesa Diretora, que é a responsável por definir o funcionamento da Casa e das sessões.

“O que entendemos é que a sessão híbrida não ajuda na condução dos trabalhos. A melhor saída é manter as sessões remotas. Foi um pedido dos deputados mais idosos e que estão no grupo de risco. Ou as sessões voltam para todo mundo ou para ninguém”, declarou o segundo secretário da Mesa Diretora e responsável pela estrutura da Câmara Legislativa, Robério Negreiros (PSD).

Por mensagem de texto, o presidente informou que os deputados “ainda não acertaram uma data” e que a “reunião foi inconclusiva”.

O primeiro secretário da Mesa Diretora, Iolando Almeida (PSC), por sua vez, defende o retorno, mesmo com a manutenção dos trabalhos a distância.

“Sou a favor do retorno das sessões presenciais, claro que obedecendo todos os cuidados necessários para evitar qualquer tipo de risco: usar máscara, álcool em gel, lavar as mãos, evitar aglomeração e manter o distanciamento necessário. Acho realmente importante essa volta do modo presencial”, defendeu.

Contrários

Desde meados de março, os distritais estão trabalhando remotamente, a fim de evitar a proliferação da Covid-19 entre os que atuam na Casa.

A proposta de retorno, no momento em que o Distrito Federal caminha para o pico da doença, preocupa os deputados do chamado grupo de risco.

“Acho que não é hora de retornar nada. Nem comércio, Câmara Legislativa ou escolas. Estamos em franca expansão da doença. Mas, se voltar, espero que os deputados que prefiram ficar em casa não sejam excluídos do debate”, afirmou a deputada Arlete Sampaio (PT), que completou 70 anos na última quinta-feira.

“Vamos ver como vai funcionar isso. O presidente falou em dia 9, mas acho que não é o momento”, completou a distrital.

Arlete, que é médica, destaca que as sessões presenciais são melhores, por permitirem o maior debate. E observa que, para os distritais idosos, só a garantia de que não há colegas e servidores contaminados é capaz de preservar sua saúde. “Se eu tiver que voltar, irei trabalhar de máscara N95 e com um vidro de álcool em gel na mão”, brinca a petista.

Chico Vigilante (PT), com 66 anos, também se encaixa no grupo de risco e contrário ao retorno. “Está tudo funcionando, as sessões, as comissões e estamos num crescente nos casos [de Covid-19). É um absurdo o que está acontecendo no DF, com o governador Ibaneis liberando o funcionamento do comércio e de templos por pressão de empresários e igrejas. Vou pedir que o presidente [da CLDF] não siga o exemplo e que não volte”, defende o distrital.

Neutro, o deputado distrital Agaciel Maia (PL), com 61 anos, afirmou que a decisão é da Mesa Diretora e que retornará quando for determinado pelo colegiado.

Além dos três, Valdelino Barcelos (PP) também está no grupo de risco por ter completado 70 anos no último sábado (30/05). O progressista defende as medidas adotadas pela Casa, até o momento. Segundo o deputado, embora as sessões remotas tenham algumas diferenças e limitações com relação às presenciais,  o modelo se mostrou eficiente, possibilitando aos parlamentares a continuidade aos trabalhos e o atendimento das demandas da sociedade.

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