metropoles.com

Mulheres continuam em minoria e ganhando menos do que os homens no DF

Em 2017, houve pequeno aumento na participação delas no mercado de trabalho, apesar de terem mais estudo e especialização

atualizado

Compartilhar notícia

Desemprego mulheres
1 de 1 Desemprego mulheres - Foto: null

As mulheres continuam em minoria e ganhando menos do que os homens no mercado de trabalho do Distrito Federal. É o que mostra Pesquisa de Emprego e Desemprego no DF (PED-DF) divulgada nesta terça-feira (6/3) na Casa da Mulher Brasileira.

Atualmente, elas representam 47,3% do universo de 1,3 milhão de pessoas empregadas no Distrito Federal contra 52,7% de homens. E, no ano passado, ganharam, em média, R$ 2.899. Eles embolsaram R$ 3.782, também na média.

“O principal fator que faz com que a participação e salários de mulheres no mercado de trabalho sejam menores é a questão da dupla jornada — trabalho e casa. Inclusive quem contrata também tem essa seletividade. Prefere homens às mulheres por saber que elas, em algum momento, vão precisar se ausentar mais”, disse a coordenadora da pesquisa pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Adalgiza Amaral.

De acordo com a profissional, a forma de reverter esse quadro é por meio de políticas públicas que possam, por exemplo, criar mais creches, além da conscientização do companheiro e da própria sociedade no sentido de dividir os afazeres domésticos e cuidados com os filhos.

A participação das mulheres no mercado de trabalho cresceu pouco em 2017. Passou de 59,1% para 59,9%, ou seja, 11 mil novos postos de trabalho. A boa notícia é que o maior aumento foi relacionado ao grupo com 60 anos ou mais (de 13% para 14,2%). Entre as responsáveis por manter a família, o número passou de 56,7% para 59,4%.

Já entre o público masculino, no mesmo período, o acréscimo na taxa de ocupação foi de 3,7%, o que representa 25 mil novos postos de trabalho. A jornada semanal média de trabalho dos homens (41 horas) é maior do que a das mulheres (39 horas).

O desemprego também aumentou para os dois públicos. No caso das mulheres, saltou de 19,7%, em 2016, para 21,1% em 2017. Isso representa 167 mil mulheres desempregadas. Entre os homens, passou de 15,8% para 17,6%, chegando a 149 mil.

O setor que mais emprega tanto mulheres quanto homens é o de serviços. Quando o assunto é formação acadêmica, os dados mostram que elas estão mais preocupadas em buscar especialização. Atualmente, 37,5% das trabalhadoras brasilienses têm nível superior. No caso dos homens, o número é de 32,1%.

O estudo foi produzido pela Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos e pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), em parceria com o Dieese.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?