metropoles.com

Mensagens mostram reação de funcionárias de creche após morte de bebê

Uma das trabalhadoras foi presa e autuada por homicídio culposo. Ela passará por audiência de custódia nesta sexta

atualizado

Compartilhar notícia

Material cedido ao Metrópoles
bebê sorrindo
1 de 1 bebê sorrindo - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Horas após a morte da bebê Amariah Noleto (foto em destaque), de apenas 6 meses, na Creche da Tia Cleidinha, em Planaltina, funcionárias do estabelecimento trocaram mensagens em tom de preocupação. Umas das donas da creche, identificada como Marina Pereira da Costa, chegou a escrever para uma colega que ela e a dona da escola estariam “fudidas”. Uma das responsáveis pelo local foi presa.

As conversas por meio do WhatsApp estão em poder da polícia e serão usadas para investigar se houve homicídio culposo por negligência no cuidado e atendimento à criança ou homicídio com dolo eventual. O diálogo começa com Marina, também sobrinha da outra proprietária — dispensando a funcionária de trabalhar no dia seguinte, porque o local ficaria de luto após o óbito de Amariah.

“Camylla, hoje não precisa trabalhar. Amariah ontem foi ao hospital e faleceu. Eu e tia Cleide estamos fudidas”, comunica a mulher responsável pelo cuidados dos bebês. Depois, Marina pede que a funcionária diga o que aconteceu com a criança. “Me fala tudo que você fez com ela, pois terei de arranjar um advogado”.

Após ser questionada, a funcionária afirma só ter visto a criança no momento em que ela chegou. A subordinada pergunta se a creche vai abrir no dia seguinte e Marina diz que não, porque o estabelecimento vai fechar em luto. A mulher responde com um emoji triste, ao que Marina afirma: “Não sabemos nem se teremos trabalho”.

Veja:

mensagens

mensagens

Creche continuou aberta

Apesar de Marina dizer que a creche vai fechar em respeito à morte da bebê, o espaço continuou aberto no dia seguinte, o que chamou a atenção dos policiais que investigam o caso. “Estivemos no local e a creche funcionou hoje normalmente, como se nada tivesse acontecido. Vimos que o local não tem a estrutura adequada pela quantidade de crianças. São mais de 40 para dois funcionários por turno”, disse um investigador ao Metrópoles.

A polícia fechou o estabelecimento e acionou o conselho tutelar de Planaltina para averiguar se há indícios de maus-tratos. A Tia Cleidinha operava na clandestinidade, uma vez que não tinha autorização da Secretaria de Educação.

Para outra funcionária, identificada como Alessandra, Marina chegou a exigir uma espécie de relatório. “Alessandra, me fala tudo que você fez com a Amariah ontem, porque me lembrei que ontem não mexi com ela porque estava no almoço”, conta Marina.

Veja:

mensagens de texto

Marina foi presa em flagrante pela 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina) e autuada por homicídio culposo. Ela passará por audiência de custódia nesta sexta-feira (22/10).

A reportagem ligou para os telefones expostos na fachada da creche para tentar falar com a dona do espaço, mas ninguém atendeu.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?