metropoles.com

Ministério Público pede fechamento do lixão de Brazlândia

Segundo os promotores, os rejeitos ameaçam contaminar o manancial do Barrocão, responsável pelo abastecimento de água na cidade

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/Rede Globo
lixão brazlândia
1 de 1 lixão brazlândia - Foto: Reprodução/Rede Globo

A Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ajuizou, na terça-feira (3/5), uma ação civil pública para obrigar o Governo do DF a desativar o lixão da Vila São José, em Brazlândia. O aterro improvisado fica no interior da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Descoberto e está a apenas 20 metros de distância do manancial do Barrocão, que abastece a cidade.

Na ação, a Prodema pede que a Justiça determine, em caráter liminar, a retirada dos resíduos sólidos da área e sua destinação adequada em até 30 dias; o cercamento do depósito, para evitar novos descartes clandestinos, em até 90 dias; e a colocação de placas indicativas da proibição em até 90 dias. Além disso, requer que o GDF seja condenado a erradicar o depósito irregular de lixo e a recuperar a área por meio de um Plano de Recuperação de Área Degradada (Prad).

Para a Prodema, além da possibilidade de contaminação da água, o acúmulo de resíduos facilita a proliferação de mosquitos transmissores de doenças. Brazlândia registra três de cada dez casos confirmados de dengue no Distrito Federal. De acordo com a ação, “é público e notório o risco à saúde da população que um depósito irregular de lixo ocasiona no contexto atual, considerado pela OMS de epidemia de dengue, em razão da proliferação do vetor dessa e de outras doenças, o mosquito Aedes Aegypt”.

Aterro improvisado
Em 2009, a Administração Regional de Brazlândia, sem autorização do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal (Ibram), implantou um aterro improvisado dentro da APA do Rio Descoberto, onde depositou entulhos das obras de expansão da Vila São José.

O Ibram, por requisição da Prodema, autuou o Distrito Federal em setembro de 2010, determinando que a deposição de lixo fosse encerrada e o local, cercado. Nenhuma providência foi tomada, e o acúmulo de entulho aumentou a ponto de colocar em risco o manancial do Barrocão, que abastece a cidade de Brazlândia.

Em 2013, o Ibram aplicou multa no valor de R$ 70.665,84, advertiu novamente para a remoção do entulho e deu prazo de 90 dias para que o Distrito Federal apresentasse o Prad. Em agosto de 2014, o plano ainda não havia sido apresentado e a degradação havia aumentado.

Uma perícia realizada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), em outubro de 2014, constatou que a deposição de lixo na área persistia. De acordo com o relatório técnico, havia resíduos da construção civil e outros detritos, “tais como, plástico, papelão, tecidos, pneus, podas de árvores, e, em menor proporção, lixo orgânico, restos de animais mortos e resíduos de grande volume (sofá)”. (Com informações do MPDFT)

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?