metropoles.com

Familiares acusam hospital do DF de trocar corpos de pacientes

Filha de um dos mortos, Hagda Daiany disse que o cadáver do pai, Pedro Gabriel de Albuquerque, foi confundido com o de outra pessoa

atualizado

Compartilhar notícia

Arquivo pessoal
idoso
1 de 1 idoso - Foto: Arquivo pessoal

Diagnosticado com pneumonia, o aposentado Pedro Gabriel de Albuquerque, 80 anos, morreu na última sexta-feira (8/6). Porém, três dias depois do falecimento, a família ainda não conseguiu fazer a cremação. Tudo porque, segundo parentes, o hospital particular São Mateus, no Cruzeiro, onde o idoso estava internado, teria trocado o corpo dele com o de outro paciente.

 A filha Hagda Daiany Rosa de Albuquerque afirma que foi informada de que o cadáver do pai estava localizado em uma das gavetas superiores do necrotério do hospital. Mas levou um susto quando o compartimento foi aberto para o reconhecimento. “Meu pai é branco. E o outro senhor era moreno. Não sei como puderam se confundir assim”.

Ela acusa a direção do hospital de ter sido negligente. “Me deixaram duas horas e meia esperando. Não mandaram ninguém para solucionar o problema. E se não percebo o erro? Quem eles iam enterrar?”, questiona, revoltada.

Após o transtorno, ela promete entrar com uma ação judicial contra a unidade de saúde e se diz revoltada com o acontecido. “É uma falta de respeito sem tamanho. Nem desculpas recebi. Tive de mudar todo o cronograma”, desabafou.

O caso é investigado pela 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro). De acordo com a PCDF, o corpo do aposentado chegou a ser levado por engano pela outra família, que percebeu o equívoco e comunicou o hospital e a funerária Boa Esperança, responsável pelo transporte.

Já o proprietário da funerária, Fernando Vieira, 26, disse não ter havido “nada de anormal” no episódio. Segundo ele, a culpa pela confusão é da própria unidade hospitalar. “Nos comunicaram que a família havia reconhecido o corpo e deveríamos ir lá buscá-lo. Nosso procedimento normal de todo dia”, explica.

Fernando conta que demorou pouco menos de 15 minutos para os envolvidos perceberem o engano e comunicarem a empresa. “Foi tudo muito rápido. Nem tiramos o corpo do carro. Nos avisaram e retornamos”, pontuou.

Procurada pelo Metrópoles, a outra família envolvida afirmou que não iria se pronunciar sobre o caso, mas lamentou o ocorrido. Já a direção do Hospital São Mateus não retornou aos contatos da reportagem.

Segundo a filha de Pedro, o corpo do aposentado seria cremado às 15h desta segunda-feira (11), em Formosa (GO). Porém, em decorrência do equívoco, o procedimento teve de ser adiado para as 17h. “Mudei todo o cronograma. Estou tentando resolver tudo, mas foi uma dor de cabeça muito grande”, reclama.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?