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Família consegue exumação de idosa que teve caixão trocado por funerária

Os parentes de Armina Silva realizam, agora, o reconhecimento do cadáver para enfim conseguirem velá-la

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Enterro durante pandemia
1 de 1 Enterro durante pandemia - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A família de Armina Silva, 76 anos, conseguiu realizar a exumação do cadáver da idosa que teve o caixão trocado com o de outra mulher. O caso foi descoberto por familiares nesta quinta-feira (13/8), durante o velório, no Campo da Esperança na Asa Sul.

Durante a despedida, familiares abriram a urna e viram que o corpo não era de Arminda. Os parentes descobriram que outra família havia enterrado, por engano, a idosa, em Taguatinga.

Após a descoberta do erro cometido pela funerária, os parentes se dirigiram ao Cemitério de Taguatinga para realizar a exumação do corpo de Arminda. O procedimento foi autorizado por volta das 17h desta quinta.

Depois do reconhecimento, a falecida será trazida para ser velada na Capela 2 do cemitério na Asa Sul, onde a família aguarda pela cerimônia desde as 8h30. Os parentes não informaram se o enterro ocorrerá ainda nesta quinta ou se será remarcado para sexta-feira (14/8).

A idosa de 76 anos morreu com septicemia e infecção hospitalar, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Ela teve Covid-19, mas não faleceu em decorrência da doença.

De acordo com a filha de Arminda, a enfermeira Mabi Cristina da Silva Fagundes, 47, a situação veio à tona quando abriram o caixão e viram se tratar do corpo de uma outra mulher.


“Estamos de luto, chorando, querendo velar a minhã mãe e não temos condições porque trocaram os corpos. Parece que estamos vivendo um filme de terror”, desabafou a enfermeira.

Ela conta que Arminda faleceu no Hospital Anchieta, na madrugada de quarta, e a Funerária Nacional, em Taguatinga, foi acionada para realizar o sepultamento.

“Marcamos o velório para esta manhã e, quando chegamos para velar, não era a minha mãe. O funcionário da funerária falou que ela estava inchada e era ela sim, mas batemos o pé porque a mulher era muito diferente”, comentou.

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Mabi relatou que, após a situação, o filho da outra vítima foi acionado para ir até o local. Então, reconheceu que a mulher que ainda não havia sido enterrada era a mãe dele.

“Estamos revoltados. Tinha muita gente aguardando para dar o adeus. Não pudemos nem fazer essa última homenagem para ela. Ficamos nesse salão vazio. A funerária disse que vai entrar em contato com o MPDFT para pedir a exumação e a gente poder enterrá-la. A minha mãe foi velada por outra família que não era a dela. Estamos muito tristes.”

Por meio de nota, a Campo da Esperança Serviços Ltda. informou lamentar profundamente o ocorrido. Entretanto, explicou que executa o serviço com base na documentação entregue pela funerária contratada pela família.

“Nesse caso, os documentos dos dois sepultamentos chegaram ao Campo da Esperança trocados. A identificação dos corpos não é responsabilidade da concessionária”, informou.

A funerária foi acionada. Porém, até a publicação deste texto, não havia respondido aos questionamentos da reportagem.

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