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Debate Metrópoles: setor produtivo questiona candidatos ao GDF sobre mobilidade e economia

Em debate promovido pelo Metrópoles, Senac e Fibra questionaram os candidatos sobre propostas relacionadas a comércio e indústria. Confira

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Debate
1 de 1 Debate - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O debate entre candidatos ao Governo do Distrito Federal (GDF) promovido pelo Metrópoles ocorreu em parceria com o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Distrito Federal (Senac-DF) e a Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra). O evento foi transmitido pelas redes sociais na noite desta terça-feira (23/8).

Na ocasião, o Senac e a Fibra questionaram os candidatos sobre propostas para melhorar a mobilidade, a segurança de trabalhadores e o desenvolvimento industrial do DF.

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Para o Senac-DF, a mobilidade e a segurança dos trabalhadores são questões que impactam diretamente no desempenho do comércio, responsável por 50,3% do PIB do Distrito Federal. Assim, perguntou o que pode ser feito para garantir tranquilidade aos trabalhadores se deslocarem a qualquer hora, com segurança.

Leandro Grass (PV) foi o primeiro a responder e afirmou que mudará o governo de gestão atual e expandirá o sistema de transporte público. “Temos a possibilidade do VLT na área Norte e construir o BRT norte. No meu governo, vamos ter o bilhete ir e vir. O trabalhador não vai pagar passagem diariamente, vai contratar o bilhete por uma semana ou por um mês. Ele vai poder usar o transporte em todas suas situações, não só para trabalhar, mas para o lazer. Com esse transporte ampliado, o novo VLT, vamos garantir segurança e sustentabilidade”, propôs.

Já o candidato à reeleição Ibaneis Rocha (MDB) comentou sobre as obras que entregou em seu mandato e disse que o projeto do VLT está em andamento. “Aqui no DF temos as isenções que são dadas a mais de 30% dos que utilizam os transporte. É um sistema caro e ineficiente. Temos que investir nas melhorias. Vamos colocar em andamento o BRT Oeste, o BRT Norte, que custa R$ 1,2 bilhão. O projeto está pronto e estamos atrás de recursos. Precisamos renovar a frota de ônibus. Agora, os empresários precisam ter condições de fazer a renovação das frotas”, declarou o emedebista.

Na sequência, Izalci Lucas (PSDB) reclamou da falta de pontualidade, controle e transparência do sistema de transporte público local. “Você tem que garantir ao trabalhador que ele saia de casa, chegue ao trabalho e retorne na hora certa. O que falta é política pública, é controle, usar a tecnologia ouvindo as pessoas.”

A candidata ao GDF pelo PSol, Keka Bagno, foi a próxima a responder. “Temos de integrar o DF e a Ride, o que nós chamamos no nosso programa da Grande Brasília e com tarifa única. Precisamos de transporte integrado e baixos preços também. Os transportes públicos devem dialogar com os trabalhos e universidades”, pontuou.

Leila Barros (PDT) reforçou que, caso eleita, irá investir em transporte de massa. “Estamos falando da qualidade de vida. Usei muito ônibus aqui. É desumano que o ônibus para 120 pessoas, no máximo, na segunda parada vai embora e as pessoas ficam esperando horas. Estamos perdendo qualidade de vida ficando horas no trânsito do DF.”

Paulo Octávio (PSD) foi mais um a destacar a meta de expandir as linhas do metrô. “Entre os projetos que apresentei hoje no plano de metas está uma via expressa que vai ajudar a comunidade de Samambaia a chegar no Plano Piloto, atravessando por Taguatinga e Águas Claras. Temos que pensar no anel viário, desafogar o trânsito de caminhões e transportes aqui na região central de Brasília. Temos que pensar num VLT saindo do Recanto das Emas, passando pelo Riacho Fundo, Taguatinga e chegando em Ceilândia”, assinalou.

Por fim, Rafael Parente (PSB) reclamou que o atual governo e os anteriores não desenvolveram o BRT Norte. “A população hoje é refém dos ônibus. As pessoas que dependem dessas linhas gastam 40 dias por ano nessa locomoção. Precisa diversificar, ter mais tipos de transporte público disponíveis, precisa ter competição entre os modais, fazer transição para ônibus, zebrinhas, BRTs verdes e diminuir o preço da tarifa”, disse.

Indústria

Já a Fibra pontuou que estudo da Confederação Nacional da Indústria indica que a cada real produzido pela indústria, outros R$ 2,43 são gerados para a economia nacional. Este valor é quase o dobro do retorno obtido com investimentos em outros setores. Diante disso, a Federação questionou quais as propostas dos candidatos ao Palácio do Buriti para o efetivo desenvolvimento industrial do DF.

Dessa vez, Keka Bagno foi a primeira a responder e disse haver interesse de seu eventual governo no setor de indústria.  “Aqui temos áreas de desenvolvimento econômico como Santa Maria, Samambaia e Ceilândia. Se temos uma média de desemprego 50% maior que a média nacional, por que não utilizamos essas áreas como provedoras de desenvolvimento econômico?”.

Em seguida, Izalci Lucas disse que é preciso investir em qualificação. “Eu criei recentemente no Senado a frente parlamentar de investimento estrangeiro no Brasil e não tem nenhuma cidade que tenha maior potencial do que nós. Nós já deveríamos ser a capital dos eventos, a capital da tecnologia. Há 18 anos, tive o privilégio de ser convidado pelo governador Roriz e lançamos o Parque Capital Digital. Fui para o Japão, para a Coreia, fizemos o maior projeto. Mas, lamentavelmente, nos governos seguintes, ele foi transferido para a Terracap, que não é a empresa adequada para investir em impacto científico e tecnológico. Mas, para isso, também tem de investir em qualificação.”

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Para Paulo Octávio, é preciso pensar em um novo aeroporto em Planaltina, para escoar toda nossa produção. “Temos que pensar grande. Esse aeroporto Botelho, temos que legalizá-lo. Temos que criar ADES em todas as cidades. Diminuir os impostos. Sou a favor da segurança jurídica, não adianta trazer grandes empresas para Brasília e não dar segurança jurídica. Brasília pode ser a capital dos grandes negócios”, defendeu.

Na sequência, foi a vez de Leila Barros responder à Fibra. “É importante buscarmos nossos vizinhos de Goiás e Minas Gerais. Temos aqui uma grande produção de algodão e Couro. Brasília é a rota desse couro e desse algodão, o que é muito importante. O DF é um grande polo de produção de sementes. Então, trazer para diálogo para criar um pacto de cooperação fiscal, o desenvolvimento de novas tecnologias, ampliar o escopo do BioTic, polos tecnológicos para a W3 Sul, Taguatinga. Temos muita competência.”

Já Ibaneis Rocha avaliou que houve avanços na área de tecnologia em sua gestão, mesmo com a pandemia de Covid-19. “Nós regulamentamos toda a questão tributária do Distrito Federal, igualando os incentivos à toda região Centro-Oeste, que era permitido pela lei complementar. Demos segurança jurídica aos empresários, trouxemos grandes empresas para o Distrito Federal, investimos muito na questão do transporte aéreo. Muito foi feito. Resolvemos o problema do Pró-DF, que era um sofrimento para os empresários dessa cidade, criamos o Desenvolve-DF, onde a gente fornece terrenos a custo barato para as empresas virem para o Distrito Federal, e estamos fazendo um dos os maiores investimentos do Polo JK, com energia de qualidade para que as empresas possam se instalar. Então, muito foi feito e temos muito mais a fazer. Temos que avançar na pauta da indústria limpa e investir no polo logístico.”

Rafael Parente falou em seguida. “Logística é importante, mas precisamos pensar na indústria criativa, farmacêutica, olhar para o que está acontecendo no mundo. Como não olhamos para outros estados e não igualamos os tributos. Por que essa segurança jurídica não existe? Precisamos melhorar as nossas ruas, o asfalto, o escoamento. Precisamos melhorar a educação, que está diretamente ligada às nossas indústrias”, reforçou.

O último a responder foi o candidato do PV, Leandro Grass. “Às vezes a gente pensa em indústria e pensa na grande indústria, mas tem a pequena indústria, tem a micro indústria, a agricultura familiar. Tem aquela indústria conectada aos catadores de materiais recicláveis. Quero pensar mais amplo. A questão do investimento passa, não só por tributação, mas também por um política de zoneamento ecológico econômico. Que é você ver onde cabe a melhor indústria com determinado perfil para gerar o menor impacto econômico e ambiental”, afirmou.

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