Sindicato ameaça greve caso creches do DF continuem abertas
Segundo a entidade, a manutenção das atividades em plena pandemia de coronavírus coloca em risco a saúde dos profissionais e das crianças
atualizado
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O Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep) discute a possibilidade de convocar greve dos professores de creches particulares caso as atividades dos centros educacionais não sejam suspensas.
De acordo com a entidade, a manutenção das aulas nas instituições em plena pandemia do novo coronavírus coloca em risco a saúde dos profissionais e das crianças que continuam frequentando os locais.
O diretor jurídico do Sinproep, Rodrigo de Paula, afirma que a entidade já protocolou, na Justiça, um pedido pela suspensão das atividades. “Amanhã [quarta-feira (18/03)], caso a gente não consiga que a Justiça aprove, o sindicato estará convocando uma greve geral de todos os professores das creches conveniadas”, disse.
A paralisação está marcada para acontecer já na quinta-feira (19/03). “Menos de 25% das crianças estão comparecendo. O discurso de que os pais não têm onde deixar as crianças não se justifica. Estão colocando milhares de crianças e profissionais em risco”, finalizou.
Nessa segunda-feira (16/03), o Metrópoles noticiou que o Sinproep havia entrado na Justiça pedindo a suspensão das atividades nas creches conveniadas.
O decreto assinado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), que determinou a paralisação das atividades em instituições de ensino, faculdades e universidades por um total de 20 dias, não inclui creches.
A alegação do secretário de Educação, João Pedro Ferraz, é que os estabelecimentos não entram na categoria de escolas. Ele considera as unidades pequenas, com média de pouco mais de 150 crianças.
Procurada, a Secretaria de Educação do DF não havia respondido até a última atualização desta reportagem.